Na investigação da Alesc sobre o rompimento do reservatório de água da Casan em Florianópolis foram reveladas sete divergências críticas entre o projeto e a execução da obra.
Um dos principais pontos, já apresentados pelo TCE, é que o projeto estrutural previa estribos de 10mm de diâmetro posicionados a cada 20cm na região intermediária do pilar. No entanto, a perícia verificou que os estribos encontrados no local eram de 5mm de diâmetro, metade do necessário.
Essas discrepâncias resultaram em uma estrutura com 10 toneladas a menos de aço, que comprometeram significativamente sua capacidade de carga e, com infiltrações nas paredes, fizeram o reservatório colapsar.
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O engenheiro Paulo Henrique Wagner, responsável pelo projeto, enfatizou que a diferença nas armaduras dos estribos, barras mal posicionadas e a falta de armadura adicional de ligação foram fatores determinantes no desastre.
O deputado estadual Mário Motta (PSD), relator da investigação parlamentar, presidiu a reunião nesta terça (7) e realizou diversos questionamentos sobre o projeto, elaborado em 2010, cuja obra foi realizada entre 2014 e 2022. Com base nas respostas apresentadas, o trabalho seguirá em buscas de mais esclarecimentos.
Na reunião da próxima semana, 14 de novembro, devem ser ouvidos engenheiros sanitarista, ambiental, e civil, da Casan, responsáveis pela coordenação e fiscalização da obra do reservatório R4, além de servidor da Caixa Econômica Federal, designado como fiscal do Contrato n. 0966/2022. Na terça-feira seguinte, 21 de novembro, devem comparecer representantes da Polícia Científica em Florianópolis e da Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc).
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