Cerca de duas milhões de páginas do acervo do arquivo público de Santa Catarina serão digitalizas e ganharão facilidade de acesso aos documentos, que ajudam a contar a trajetória do poder público do estado e dos próprios catarinenses.
O projeto “Digitalização, preservação e acesso à informação”, realizado em parceria com o Ministério Público, conta com a aquisição de um scanner que vai garantir a digitalização de todos os documentos considerados mais raros.
Além das duas milhões de páginas, de um total de seis milhões, serão digitalizados 10 mil fotografias, 2.247 mapas, plantas e croquis e 249 rolos de microfilme.
O projeto elaborado pela equipe técnica do arquivo público também prevê a contratação do Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina (Ciasc) para a prestação do serviço de digitalização, preservação do acervo digital e disponibilização dos documentos em formato virtual ao público.
A previsão para o início das digitalizações é maio e o tempo estimado para conclusão do trabalho é 12 meses.
Preservação da história
De acordo com a diretora do Arquivo, Aline Ramos Fernandes, a proposta para digitalização se baseia na necessidade de preservar o patrimônio e a memória histórica do poder público catarinense registrada em documentos manuscritos (seja com tinteiros ou canetas esferográficas), datilografados ou impressos, garantindo a integridade dos registros e o acesso à informação.
“O patrimônio custodiado pelo arquivo público é de valor histórico inestimável e corre risco de deterioração, pois por melhor que sejam as ações de conservação e restauração executadas pela equipe técnica, há sempre uma vida útil para os papéis ou documentos físicos”, explicou Aline.
Verba do FRBL
Segundo a Secretaria de Administração, o plano de trabalho do projeto sofreu adequações com a reforma administrativa do Governo do Estado em julho do ano passado, e agora foi reapresentado e aprovado pelo conselho gestor do Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL), do Ministério Público estadual. O órgão financia projetos de manutenção ou recuperação de bens patrimoniais, ambientais ou históricos.
Os recursos do FRBL são provenientes de condenações, multas e acordos judiciais e extrajudiciais em face de danos causados à coletividade em áreas como patrimônio histórico, meio ambiente e consumidor.