Valorizada no mercado, pitaia é alternativa de renda para as famílias rurais

pomar de pitaia visto de baixo com diversas frutas nos pés
SC é o segundo maior produtor da "fruta do dragão"- Epagri/Divulgação

As famílias do sul de Santa Catarina estão colhendo a pitaia. Na propriedade da família Ricken, em Forquilhinha, todo mundo arregaçou as mangas para colher a fruta mais refrescante do verão.

A fruta do dragão, como também é chamada, se tornou uma fonte de renda extra para a agricultura familiar. A região sul de Santa Catarina é responsável por mais 90% da produção do estado.

A planta é rústica, portanto não exige muitos tratos culturais e pode ser cultivada sem o uso de qualquer agroquímico. A busca por uma vida saudável, com menos trabalho pesado e longe dos agrotóxicos foi o que motivou muitas famílias a trocarem suas lavouras pelo pomar de pitaia.

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Com 2.400 plantas, a família Ricken colheu 20 toneladas da fruta na safra passada. Depois de retiradas do pé, as pitaias devem ser limpas, pesadas e classificadas. Elas saem da propriedade com o selo de rastreabilidade e seguem para a cooperativa, onde são comercializadas.

Os frutos possuem alto valor de mercado. Segundo o extensionista rural da Epagri em Meleiro, engenheiro-agrônomo Reginaldo Ghellere, o produtor consegue vender o quilo por até R$8. A cotação da fruta na Ceasa de São José tem se mantido na média de R$ 5 por quilo, ou R$ 30 a caixa de seis quilos, como é comumente comercializada.

Nova renda no campo

O cultivo comercial da pitaia em Santa Catarina começou em 2010 e o estado já é o segundo maior produtor brasileiro, perdendo apenas para São Paulo. Segundo dados do Ibge, em 2017 o SC produziu 328,4 toneladas, 270 delas somente em municípios do sul, onde Turvo lidera a produção. Naquele ano havia 120 propriedades rurais em Santa Catarina produzindo a fruta – 80 no sul do estado. Os números são expressivos, embora a fruta ainda seja desconhecida por muita gente.

Benefícios nutricionais

A nutricionista Cristina Ramos, extensionista da Epagri de Florianópolis, acredita que a procura pela pitaia se deve muito por conta das diferentes substâncias com atividade antioxidante que a fruta possui: vitamina C na polpa, betalaína na casca e polifenóis na antecasca. “Substâncias antioxidantes são usadas na prevenção e no tratamento de algumas doenças, como câncer, doenças cardiovasculares e Alzheimer”, explica a extensionista.

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FONTEEpagri
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