Um dia após a divulgação de uma nota de repúdio assinada pela mesa diretora da Assembleia Legislativa contra o tratamento dado ao deputado Valdir Cobalchini (MDB), que foi impedido de participar de reunião com o secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, Carlos Hassler, o governador Carlos Moiséis (PSL) decidiu, nesta quinta-feira (6/2), exonerar o secretário e nomear no mesmo ato o secretário-adjunto da pasta, Thiago Augusto Vieira.
Cobalchini explicou durante a sessão de quarta-feira (5) que, ao entrar no gabinete do então secretário de Infraestrutura para acompanhar o prefeito de Pinheiro Preto, foi surpreendido com um pedido do secretário para que se retirasse. “Quando o prefeito foi chamado, como sempre faço, adentrei ao gabinete espaçoso do secretário e ele se disse surpreso com minha presença e enfatizou que o assunto era entre Estado e município e que, portanto, eu era um estranho, embora conhecendo o tema. O secretário pediu que me retirasse, o que fiz”.
Durante a sessão, vários deputados manifestaram solidariedade ao colega e advertiram o governo sobre o respeito ao Parlamento, à democracia e à representação popular. A nota de repúdio enfatizou que, quando impediu um parlamentar catarinense de participar de uma audiência em órgão público, o secretário não cometeu somente uma grave indelicadeza com um deputado que, inclusive, já comandou aquela Secretaria. Também feriu um dos pilares da democracia, que prevê a representatividade do cidadão por seus parlamentares.
Os deputados também ressaltaram que na Secretaria de Estado só devem ser tratados assuntos administrativos e republicanos. Destacaram, ainda, que não existe nenhuma razão para não permitir a presença de um deputado estadual naquele recinto e naquele encontro entre agentes públicos.