Na manhã deste sábado (9/5), a força-tarefa composta pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pela Polícia Civil desencadeou a Operação O2 (oxigênio).
A operação ocorre em 12 municípios e envolve aproximadamente 100 policiais civis (Geaco e Deic), militares e rodoviários federais de Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso. O grupo cumpre 35 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens em quatro estados da federação.
A força-tarefa investiga crimes contra administração pública em processo de dispensa de licitação para aquisição emergencial de 200 ventiladores pulmonares, a fim de auxiliar no enfrentamento da Covid-19, ao custo de R$ 33 milhões pagos de forma antecipada, sem a exigência de qualquer garantia e sem as mínimas cautelas quanto a verificação da idoneidade e da capacidade da empresa vendedora.
Segundo a Polícia Civil, as investigações, até o momento, identificaram fraude no processo de aquisição dos respiradores, mediante um sofisticado esquema criminoso que envolveu a corrupção de agentes públicos, falsidade ideológica em documentos oficiais, criação de empresas de fachada administradas por interpostas pessoas e lavagem de dinheiro.
Ainda conforme a PC, foi a integração do trabalho de investigação com o MPSC que permitiu uma rapidez na coleta de provas iniciais e formulação dos pedidos de busca e apreensão. As apurações, até o presente momento, contaram com a colaboração dos órgãos públicos vinculados ao governo do estado.
Também colaboram com as investigações a Polícia Civil do RJ, Ministério Público do RJ, de SP e do MT e o Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina, além da corregedoria do Corpo de Bombeiros Militar de SC.
Detalhes da investigação permanecem sob sigilo.