Novas diligências da PF na Operação Torre de Marfim, que apura fraudes na UFSC

A Polícia Federal faz novas buscas de provas, nesta quarta-feira (17/6), no âmbito da Operação Torre de Marfim, iniciada em 7 de dezembro de 2017. A operação investiga desvios de recursos públicos na UFSC mediante suas fundações de apoio.

Nesta terça, a PF faz buscas em dois endereços em Florianópolis.

Segundo a PF, a quebra de sigilos bancário e fiscal dos investigados na primeira operação identificou “fortes indícios” de pagamento de propina de R$ 2,4 milhões para ex-funcionário do Ministério da Saúde. A propina seria para o projeto E-SUS Atenção Básica, que visava desenvolver ferramenta de informática para gestão de dados da atenção básica no sistema público.

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Na UFSC, parte do projeto foi destinado à Fapeu (Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária), que, segundo a PF, contratou sem processo licitatório, ao custo de R$ 20 milhões, uma empresa fantasma de um ex-funcionário da UFSC. Este teria sido o responsável por fazer o pagamento da propina ao então funcionário do Ministério da Saúde.

Foi decretada prisão preventiva do ex-funcionário do Ministério da Saúde, que conseguiu fugir do país. Ele está no rol de procurados pela Interpol. A Justiça Federal também determinou o sequestro de bem imóvel do investigado, com indícios de ocultação em nome de terceiro, bem como o sequestro de aplicações financeiras de R$ 732 mil.

Já o empresário, ex-funcionário da UFSC, não foi preso. A justiça determinou a proibição de deixar o país e o pagamento de fiança no montante de R$ 500 mil. O investigado também teve bloqueados judicialmente um veículo de luxo e 20 imóveis, totalizando um patrimônio de R$ 20.033.603,00. Segundo a PF, servirá de garantia para ressarcimento ao erário em caso de futura condenação.

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