A ajuda da União aos estados para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus pode chegar a R$ 107,1 bilhões, o suficiente para compensar a perda de arrecadação projetada para a maioria dos governos estaduais em virtude da crise econômica causada pela pandemia.
A constatação está em uma nota técnica elaborada pela Instituição Fiscal Independente do Senado (IFI). Segundo o estudo, a ajuda, porém, será insuficiente para Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do
Sul.
A projeção para SC é que em agosto a diferença entre apoio e perdas acumuladas seja de -88,6 milhões de reais. Para os meses seguintes as perdas para o estado serão de R$ 557,1 milhões, R$ 789,2 milhões, R$ 1,018,8 bilhão e de R$ 1,140,1 bilhão em dezembro, totalizando uma perda acumulada de R$ 3,593 bilhões a partir de agosto.
Nos cálculos do IFI estão incluídas não só as parcelas de ajuda financeira pagas diretamente pela União, mas outras transferências de recursos, além da suspensão do pagamento das dívidas dos estados com o governo central e com instituições internacionais.
O nota técnica conclui lembrando que no pós-pandemia o auxílio da União terá que ser associado a um conjunto mais amplo de mudanças que levem à sustentabilidade fiscal dos governos: “Incluem-se aí vários tipos de reformas, notadamente as reformas fiscal, previdenciária e administrativa”.
Com informações da Agência Senado