A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural fez a interdição de cultivos de ostras e mexilhões de quatro locais da baía sul da Grande Florianópolis. Os cultivos de moluscos da Barra do Aririú, em Palhoça, da Ponta de Baixo, em São José, e de Freguesia do Ribeirão e Costeira do Ribeirão, em Florianópolis, estão interditados devido à presença de ficotoxina ácido ocadaico, também conhecida como toxina diarreica, acima dos limites permitidos.
A partir desta quinta-feira (13/8) está proibido retirar e comercializar ostras, mexilhões e seus produtos, inclusive nos costões e beira de praia dessas áreas.
A medida foi necessária após exames laboratoriais detectarem a concentração de ácido ocadaico acima dos limites permitidos nos cultivos de moluscos bivalves nessas localidades. Quando consumida por seres humanos, essa substância pode ocasionar náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia. Além disso, continuam interditadas as localidades de Fazenda da Armação, em Governador Celso Ramos, e de Cacupé, Santo Antônio de Lisboa e Sambaqui, em Florianópolis, desde 6 de agosto.
A Cidasc intensificou as coletas para monitoramento das áreas de produção de moluscos interditadas e arredores. Os resultados dessas análises definirão a liberação ou a manutenção da interdição. Os locais de produção interditados serão liberados após dois resultados consecutivos demonstrando que os moluscos estão aptos para o consumo.
Cultivo de moluscos em SC
Santa Catarina é o maior produtor nacional de moluscos, com 39 áreas de produção distribuídas em 11 municípios do Litoral. O setor gera mais de 1.900 empregos diretos e a produção gira em torno de 13 mil toneladas de mexilhões, ostras e vieiras.
O estado é o único do país que realiza o monitoramento permanente das áreas de cultivo. O programa estadual de controle higiênico sanitário de moluscos é um dos procedimentos de gestão e controle sanitário da cadeia produtiva, permitindo maior segurança para os produtores e consumidores.