A data de 12 de outubro, até agora o marco para o retorno gradual das aulas presenciais em SC, deve ser reavaliada na segunda quinzena de setembro. A informação foi dada pelo secretário estadual de educação, Natalino Uggioni, em videoconferência com os deputados estaduais nessa terça-feira (1/9).
A Secretaria de Estado da Educação, em conjunto com um comitê interinstitucional composto por várias entidades, como a Assembleia, sindicatos das escolas particulares, Fecam, entre outras, elaborou um plano para a retomada das atividades presenciais, que será apresentado no próximo dia 9. Esse plano, conforme Uggioni, preconiza o desenvolvimento de protocolos de segurança regionais e municipais, que resultarão em planos de contingência que vão respeitar a realidade de cada estabelecimento de ensino.
O governo trabalha com o cenário do retorno escalonado e gradativo das aulas presenciais. “Nem todos os alunos retornarão num primeiro momento”, afirmou o secretário. “Vamos começar pelo terceiro ano do ensino médio, por alunos que têm mais dificuldade em assimilar o conteúdo.”
No Plano Estadual de Contingência para a Educação estão incluídas os cinco cadernos de diretrizes, apresentados à sociedade em julho: medidas sanitárias, pedagógicas, gestão de pessoas, transporte escolar e alimentação escolar. Na semana passado o governo estadual acrescentou três diretrizes, para comunicação e informação, capacitação e treinamentos e finanças.
Na Alesc
Uggioni ouviu demandas dos deputados da Alesc nessa terça a respeito de possível etorno das aulas presenciais na rede privada de ensino em Santa Catarina.
Para o deputado Bruno Souza (Novo), os pais devem ter a liberdade de decidir se querem que seus filhos retornem às aulas presenciais nas escolas privadas. Souza também questionou os critérios utilizados pelo Estado para manter as escolas fechadas, bem como cobrou do governo um plano de retomada para as atividades presenciais. Uggioni afirmou que o Estado está “primando pela equidade, entendendo que a rede privada faz um trabalho de excelência, mas o governo do Estado definiu que a Educação é tratada com um movimento só, e por isso as decisões seguem sendo tomadas dessa forma.”
Luciane Carminatti (PT) e Kennedy Nunes (PSD) defenderam que os proprietários das escolas particulares tenham acesso a linhas de crédito subsidiadas para enfrentarem as dificuldades financeiras provocadas pela redução das atividades.
Com informações da Agência Alesc e da SED.