Jogo da discórdia
O que ocorreu no último domingo (27/9), em São Paulo, minutos antes do jogo entre Palmeiras e Flamengo foi algo totalmente inaceitável. O Superior Tribunal do Trabalho autorizou a realização daquele jogo, mesmo sabendo que o clube da Gávea estava devastado pelo Covid-19. Mas há males que vem pro bem, e esse foi um. O Flamengo entrou em campo apenas com quatro jogadores titulares: Tiago Maia, Gerson, Arrascaeta e Pedro, o restante era somente a garotada da base, que deu um nó na arrogância de Luxemburgo e por pouco não saíram do Allianz com uma vitória. Pra fugir do vexame, o Palmeiras deveria ter aceitado o adiamento desse jogo da discórdia.
Dirigentes dignos
O futebol é e sempre será o esporte mais massificado do mundo, por aqui também não é diferente. Caso os dirigentes do futebol brasileiro fossem abastecidos de um pouco de inteligência, visão, profissionalismo e seriedade, com certeza o nosso pobre futebol, que já deixou de ser o melhor do mundo faz tempo, seria um dos mais milionários e potentes do mundo. Dentro da história desse esporte não existe e nunca existirá uma fábrica de jogadores como a nossa. Somos o único pentacampeão mundial, temos o maior jogador da história do futebol, e da maior seleção de todos os tempos eleita pela Fifa. O que nos falta justamente são dirigentes dignos no comando do nosso futebol. O nosso futebol perde cada vez a sua confiabilidade.
Poucos lances de emoções
Uma vez ou outra acontece de um clássico terminar empatado sem gols sem ter muitas emoções e sem ser um jogaço. Em um jogo técnicamente muito fraco, sem muita inspiração, criatividade e sem muitas chances de gols criadas pelos times, o Avaí se saiu bem ao vencer o Figueirense por 1 a 0 na Ressacada, na noite da terça-feira (29/9). Num jogo truncado, uma chuva de passes errados, apesar do suor dos jogadores, um clássico com poucos lances de emoções, foi assim que os dois clubes da capital apresentaram um futebol sem emoção. E como todo clássico não pode faltar uma pitada de confusão, aos 38min do segundo tempo, o centroavante Gastón aproveitou um rebote e mandou para a rede alvinegra, o que gerou uma grande confusão dos jogadores do Figueirense pra cima do árbitro por conta do lance anterior.
Visita meio que indigesta
Tem muito fogo no Palácio da Agronômica e os bombeiros de lá não estão dando conta do fogaréu que arde. Na manhã cinzenta e abafada desta quarta-feira o Messias foi surpreendido por uma visita meio que indigesta quando o pessoal do MPF e da PF, cumprindo mandado, bateram na porta do palácio, residência do chefe maior dos barrigas-verdes, mesmo sem serem convidados para aquele cafezinho matinal, acatando um pedido de busca e apreensão. O círculo está apertando contra o governador Carlos Moisés, tornando o processo de impeachment inevitável e a cada hora que passa vai se complicando. Pela primeira vez na história politica catarinense um governador irá responder por dois processos de impeachment diretamente.
Clássicos como antigamente
Já não se jogam clássicos como antigamente, aliás já não se pratica o bom e velho futebol brasileiro há muito tempo. Sou de uma época que pude sentir na pele dentro de campo quando apitava o teor de vivenciar o que era um jogo desse. Clássico envolvendo Avaí e Figueirense era um jogo diferente, era um outro campeonato. Era uma partida de futebol aonde os dois clubes se agigantavam e o que menos importava eram suas posições na tabela. Às vezes o que estava por baixo vencia. A equipe com mais tranquilidade, com mais paciência e sabedoria saia-se melhor. Hoje em dia o que vemos não condiz com o verdadeiro espirito de um clássico como o nosso. Era o tipo de jogo que eu gostava de apitar.
Ainda sobre o último clássico, tem gente que está feliz, mas também tem muita gente que está chorando, é o caso dos dois treinadores, que saíram com essas pérolas. O técnico Elano, do Figueirense, não poupou críticas ao árbitro, Rafael Traci, após a derrota, citando o lance em que Pedro Castro deu um carrinho ao dividir a bola com Sanchez ainda campo de defesa do Leão. Saiu com essa: “Não foi a vitória do Avaí, foi o erro do árbitro que permitiu a vitória deles”. Já o técnico Geninho, do Avaí, feliz da vida com essa vitória, também manifestou-se sobre o lance polêmico do jogo após o êxito na partida e saiu com essa: “Quem viu falta no lance tá querendo achar pelo em ovo”. Sorri quem ganha e chora quem perde.
Drops da arquibancada
- Na segundona catarinense de 2020 teremos muitas novidades dentro e fora de campo. Dois nomes conhecidos do futebol brasileiro estarão no comando técnico de suas equipes. Trata-se do ex-volante Eduardo Costa no Metropolitano e o ex-atacante Reinaldo, que já defendeu o Flamengo, e que irá comandar o Inter de Lages.
- A situação do zagueiro Alemão do Figueirense está bem complicada. O árbitro Rafael Traci relatou xingamentos, cabeçada e peitada do jogador, o que poderá complicar a sua situação no tribunal. A pena poderá ser bem cabeluda.
- Depois da vitória no clássico, ainda dentro de campo, os jogadores do Avaí carregaram no colo o ídolo avaiano Marquinhos Santos em homenagem ao seu aniversário naquele dia. Marquinhos completou 39 anos de idade. A coluna deseja muita saúde.
- É lamentável ver o momento do futebol catarinense, especialmente o da capital, aonde temos dois times que já não empolgam mais seus torcedores. Na minha modesta opinião, um não sobe e o outro vai brigar até o fim pra não descer pra série C (tomara que não).
- Quem andou dando um grande susto nos seus eleitores, amigos e familiares foi o vereador Pitanta, que teve que ser internado às pressas por conta da Covid-19. Para a nossa alegria, um dos vereadores mais antigo do Brasil já se encontra bem. A coluna deseja muita saúde.
Cartão rosa/vermelho
Cartão rosa para o pessoal do Centro Comunitário da Ponte do Imaruí, que por conta das dificuldades financeiras daquele espaço, que presta um bom serviço à comunidade, meteram a mão na massa e estão fazendo as delícias do CCPI. São pães de trança, de milho, caseiro, empadão, cucas, esfirras e tortinhas. Tudo a preço popular, nos dias 1 e 2 de outubro, e são deliciosos. Vamos ajudar a quem merece.
Cartão vermelho para o secretário da saúde do estado, André Mota Ribeiro, que teve a cara de pau ao responder numa entrevista que o pepino dos R$ 33 milhões dos respiradores fantasmas é um problema antigo, envelhecido e que isso deve ser enterrado de uma vez por todas. É muita cara de pau de um secretário de estado. O povo catarinense quer saber aonde está esse dinheiro. No nosso bolso é que não.
Pensamento do Bambi
Na frase: “A esposa descobriu o endereço da Amante”, aonde está o sujeito?