Florianópolis já vive segunda onda de casos de coronavírus; quarta-feira foi crítica

No pior cenário, Covidômetro projeta quase 100 novas mortes até 3 de novembro

Por Ana Ritti e Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br

Dados do Covidômetro de Florianópolis mostram que a cidade vive nesse momento já uma segunda onda de infecções por coronavírus. Na quarta-feira (14/10) foram registrados 400 novos casos, segundo maior pico de registros, somente atrás de 20 de julho. Na quarta, pós-feriado de registros de aglomerações, também foi batido o recorde de pessoas expostas ao vírus – uma estimativa de 1.173, o que pode ser confirmado em breve conforme houver registros oficiais.

Isso se explica pelo fator de reprodução do vírus (Rt). No início de outubro o Rt chegou a 1,4, suavizando ao longo dessas suas semanas e atualmente em 1,13, considerado ainda preocupante, uma vez que acima de 1,0 mantém a pandemia em crescimento. A projeção para uma semana, então, é de que os casos ativos vão aumentar e consequentemente as mortes pela Covid-19.

Projeções de casos
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Florianópolis levou quase cinco meses para registrar 100 óbitos pelo coronavírus, de março a agosto, e pode levar dois para chegar a 200. Conforme os cálculos de contágio, o número pode ser alcançado ainda neste mês, no dia 27, segundo o covidômetro. A capital já chegou ficar 32 dias sem registrar mortes pela Covid-19 em momento de maior restrição ao convívio social.

O pior cenário possível apontado nesta sexta-feira (16) pela plataforma é que Florianópolis registre 97 novas mortes até 3 de novembro, chegando ao total de 238. Hoje, o município tem 957 casos ativos e 141 óbitos pelo vírus e segue na fase laranja da matriz de risco do estado. A Grande Florianópolis, com mais de 2.000 casos ativos, está em estado de alerta.

gráficos de Projeções de casos de coronavírus em Florianópolis conforme cenário atual
Projeções de casos de coronavírus em Florianópolis conforme cenário atual – Covidômetro/PMF/Divulgação/CSC

As projeções do Covidômetro preveem três cenários para o número de expostos, infectantes e óbitos. Neste último, os dados apontavam para a 142ª morte na quarta (14/10), o que não aconteceu. Para o dia 3 de novembro, os cenários projetam números de 231, 234 e 238 mortes por coronavírus.

A extrapolação linear, porém, não deve se confirmar, caso o índice de transmissibilidade na região, gravíssimo no momento, caia. Mas, dado o cenário dessa semana, é tampouco provável que a classificação de risco da pandemia na região passe para a fase amarela na próxima atualização.

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