Pesquisa mostra que empreendedoras buscam mais se renovar, mas renda caiu menos para empreendedores

    Sebrae mostra que um percentual maior de mulheres afirma ainda ter dificuldades para manter o negócio

    As mulheres empreendedoras estão mais pessimistas que os homens no retorno de seus negócios à normalidade. É o que aponta uma pesquisa feita pelo Sebrae e a Fundação Getúlio Vargas. Segundo o levantamento, 66% das empresárias ouvidas acham que menos da metade dos clientes voltarão a consumir em trinta dias, contra 59% dos homens.

    Ainda de acordo com a pesquisa, as mulheres foram mais prejudicadas do que os homens no tocante ao faturamento mensal das empresas (77% delas acusaram diminuição, contra 73% dos homens) e um percentual de 45% das empresárias alega ainda ter muitas dificuldades para manter seu negócio.

    O levantamento, realizado entre 28/9 e 1/10, mostrou que apesar de sofrerem mais com o impacto da crise que os homens, as mulheres mantêm um comportamento anterior à pandemia que é uma maior resistência a buscar crédito.

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    “O que já era difícil, desafiador e precário antes da pandemia, ficou muito pior. A questão é cultural, que além de introjetar na mulher crenças limitantes em relação ao mundo dos negócios, ainda tem a questão das tarefas domésticas e com os filhos que continuam recaídas sobre as mulheres. Se antes da pandemia, algumas ainda contavam com creches, escolas ou ajuda de funcionários cuidando da casa e das crianças, com o isolamento, acabam por acumular 100% das tarefas, ficando esgotadas e reduzindo a quantidade de horas dedicadas às empresas”, ressalta a analista de Cultura Empreendedora do Sebrae, Renata Malheiros. “Sem contar que os setores com mais predominância de mulheres, de alimentos e bebidas e salão de beleza, também foram mais impactados pela crise”.

    As mulheres mostram, entretanto, uma maior capacidade de implementar inovações em suas empresas que os homens. De acordo com os dados do Sebrae, cerca de 42% delas passaram a comercializar novos produtos/serviços, desde o início da crise do coronavírus, contra apenas 37% dos homens.

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    Números da pesquisa

    Um percentual maior de mulheres (77%) em relação aos homens (73%) acusou diminuição do faturamento mensal.

    Os homens são mais propensos a contrair dívidas do que as mulheres. 53% deles buscaram empréstimo bancário desde o começo da crise, enquanto 54% das mulheres preferiram não se endividar.

    Cerca de metade dos empresários do sexo masculino atuam no setor de serviços, enquanto metade das empresárias estão no comércio.

     

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