Operação do Ibama para impedir a pesca irregular durante a safra da tainha (Mugil liza), período em que a espécie migra para se reproduzir, resultou até o momento na apreensão de 80 toneladas de pescado, 3 traineiras, 3 caminhões e 5 km de redes fixas no litoral catarinense.
Entre as irregularidades, foram identificadas desde a não conformidade de registros até a falta de documentação. Barcos pesqueiros de grande porte, com aparato de pesca industrial, foram flagrados em operação sem licença. Os agentes ambientais aplicaram autos de infração que totalizam R$ 4,7 milhões. Duas tartarugas foram devolvidas ao mar.
Pela primeira vez foram estabelecidas cotas para limitar a pesca na safra da tainha. A Portaria n° 24/2018 da Secretaria-Geral da Presidência da República estabeleceu o teto de 3,4 mil toneladas para a captura realizada pelas frotas industrial e artesanal de emalhe anilhado em Santa Catarina. Na manhã desta segunda-feira (11/6) foi atingida a marca de 80% da cota estabelecida para a pesca industrial da tainha, segundo dados do comitê que acompanha a atividade na região.
“A tainha é de extrema importância econômica e cultural para o estado, por isso é importante encontrar um ponto de equilíbrio entre a necessidade de pesca e a manutenção dos estoques pesqueiros para as futuras gerações”, diz o analista ambiental Jefferson Amaro.
A Operação Mareados será mantida na região por tempo indeterminado.