Estado suspende consultas e exames eletivos por 20 dias

    duas profissionais de saúde mexem em equipamentos de uti com leitos vazios - governo suspende consultas e exames para desafogar hospitais
    Com mais de 90% de ocupação dos hospitais, governo procura desafogar unidades suspendendo consultas, exames e cirurgias - Maurício Vieira/Secom SC/Divulgação/CSC

    O Governo do Estado suspendeu consultas eletivas e exames eletivos realizados no âmbito dos Hospitais Próprios, OS e Contratualizados, em todo território catarinense, por 20 dias. A suspensão se aplica a todas as unidades hospitalares que dispõem de leitos de internação intensivos, intermediários ou clínicos, para focar no tratamento das complicações relacionadas à infecção pelo novo coronavírus.

    As consultas e exames de urgência e emergência, bem como os procedimentos considerados “tempo-sensíveis”, permanecem autorizados. A portaria entra em vigor a partir desta quinta-feira (25/2).

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    Segundo a portaria 194, a Secretaria de Estado da Saúde considerou o momento de transmissão acelerada da Covid-19, o aumento no número de casos confirmados e de internações hospitalares com elevadas taxas de ocupação, além da necessidade de reorientar as decisões administrativas, facilitar o transporte de pacientes e contingenciar o RH e materiais para a assistência hospitalar.

    A medida é mais uma para tentar desafogar o sistema público de saúde catarinense, como a suspensão das cirurgias eletivas. A ocupação atual dos hospitais está acima de 90% no estado, com poucos leitos de UTI disponíveis. Há 778 pessoas internadas com Covid nesta quinta.

    Articulação por leitos

    O Ministério da Saúde pactuou com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) novas regras para a autorização de abertura de leitos de UTI para tratamento da Covid-19. A decisão conjunta foi tomada nesta quinta-feira, 25, durante a 2ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em Brasília. O secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, acompanhou a reunião na Capital Federal.

    Entre outras mudanças, as novas regras estabelecem que os leitos de UTI Covid-19 autorizados pelo Ministério não precisarão mais de prorrogação – eles poderão seguir operando até o fim da pandemia. Além disso, o custeio dos leitos será feito de forma integral pelo Ministério da Saúde por meio de repasses mensais, e não mais com a antecipação de verbas.

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