Prefeituras de SC se mobilizam para comprar imunizantes contra Covid-19

Após a liberação por parte dos ministros do Supremo Tribunal Eleitoral (STF) para que estados e municípios comprem diretamente doses de vacina contra coronavírus, inciaram as articulações paralelas ao governo federal, com entes se juntando para tentar adquirir em lote dos laboratórios.

A autorizão do STF se refere para o caso de a União não cumprir com o cronograma do Plano Nacional de Imunização ou se as doses forem insuficientes para a população. Agora, majoritariamente os municípios, que é onde diretamente se presta o serviço público de saúde, estão diante do cenário pandêmico, da inércia do governo federal e fazem sua próprias movimentações para vacinar a população.

Uma dessas movimentações ocorre na Fecam, onde o presidente, Clenilton Pereira (prefeito de Araquari), realizou um encontro online na terça-feira (2/3), com mais de 100 prefeitos e prefeitas catarinenses, para tentar viabilizar a compra de vacinas pelos municípios. O assunto tem sido discutido por conta da incapacidade do Ministério da Saúde em fornecer quantidade robusta de doses.

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“Não podemos esperar a boa vontade do Governo Federal ou de quem quer que seja, a cada dia que passa mais pessoas estão morrendo. A Fecam quer contribuir, de forma transparente e dentro da legalidade, para que nossos municípios possam salvar vidas”, disse Pereira.

Segundo o deputado estadual Dr. Vicente Caropreso (PSDB), a compra direta de vacinas Sputnik V por cidades de Santa Catarina – como pretende a prefeitura de São José – pode garantir aproximadamente 3 milhões de doses em curto prazo. O parlamentar é médico neurologista, vice presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, e está trabalhando para acelerar o processo de imunização contra a doença pulmonar, para conter o avanço da pandemia no estado.

Consórcio nacional

Na semana passada os prefeitos de 15 capitais brasileiras, incluindo Florianópolis, divulgaram que faria um consórcio para comprar vacinas. A prefeitura da capital catarinense já havia entrado em contato com o laboratório Pfizer, recebendo a resposta de que a prioridade é vender para o governo federal.

Até esta sexta-feira (5), Santa Catarina recebeu 497 mil doses das vacinas, das patentes de Oxford-Astrazeneca e Sinovac, suficientes para vacinar a metade da quantidade de pessoas.

Por Évelyn Cazão – redacao@correiosc.com.br

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