Durante os primeiros meses de 2021, Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu registraram 53.023 casos de infecção pelo coronavírus, levando a uma média diária de 514 novos casos no período. As quatro maiores da Grande Florianópolis somam até essa terça-feira (13) 137.912 pessoas que contraíram o patógeno, das quais 1.684 não resistiram à doença pulmonar provocada. Em março, o número de mortes em 2021 se igualou ao de 2020 no estado. Os dados são dos boletins da Secretaria de Saúde de Santa Catarina (SES).
Os altos números da pandemia nas maiores cidades da região são puxados principalmente por Florianópolis. Sozinha, a capital teve mais casos em 2021 que as outras três cidades juntas, com 29,5 mil novos casos contra 23,5 mil de São José, Palhoça e Biguaçu. A média de casos em Florianópolis passou de 270 em janeiro para 364 em março, pior cenário visto em todo o estado de Santa Catarina, assim como no país. Em abril há uma tendência de que a taxa de contágio seja a metade do que foi em março, ainda assim alta, com mais de 140 novos casos por dia. Segundo cálculo da prefeitura, o Rt (índice de retransmissão do vírus) está em 0,97, o que indica uma leve diminuição de casos (1,0 significa mesma proporção de curados e novos casos).
Em Palhoça, a média diária de casos de Covid-19 é de 98 em 2021. Os piores registros são de março, quando o município teve média de 159 novos casos por dia. Em janeiro, a média era de 58. Agora em abril, Palhoça apresenta média de 68 novos casos diários.
Em São José são em média 91 novos casos da doença por dia nesse ano, com um total de 9.459 infectados em 2021. Com o agravamento da pandemia em março, o município teve média diária de 145 novos casos no mês, distante dos 36 de janeiro. Já em abril a tendência é também pela metade, assim como na capital, com 64 novos casos por dia.
Já em Biguaçu, que nesse ano tem registro de 3.867 novos casos, a média diária passou de 22 em janeiro, para 62 em março e agora, em abril, é de 24 casos/dia.
Patamar continuará alto, diz Fiocruz
O mês de março se mostrou trágico em todo o país, com explosão de casos e mortes por Covid em todos os estados, levando os hospitais ao colapso. Na análise da Fiocruz, os dados mostram que a pandemia deve permanecer em níveis preocupantes ao longo de abril, principalmente no Sul e Centro-Oeste.
A alta proporção de testes com resultados positivos revela que, durante esse período, o vírus permanece em circulação intensa em todo o país. Segundo os pesquisadores do Observatório Covid-19 da Fiocruz, o quadro epidemiológico observado pode representar a desaceleração da pandemia, com a formação de um novo patamar, isto é, mesmo que “menos pior” do que em março, a taxa de infectados ainda é alta, mantendo os hospitais saturados.