Falta de Coronavac preocupa quem aguarda pela segunda dose; novo lote chega no sábado

    A redução no número de doses das vacinas contra a Covid-19 recebidas por Santa Catarina tem afetado a vacinação dos grupos prioritários. O problema ocorre principalmente na segunda dose da Coronavac, que precisa ser aplicada dentro de um período de 28 dias (a da Astrazeneca pode ser em até 12 semanas).

    Em março, por orientação do Ministério da Saúde, todas as doses passaram a ser destinadas para a primeira dose, sem reservas da segunda. Nesta semana, o Instituto Butantan, responsável pela Coronavac, divulgou que tem insumos para produção da vacina até o dia 14 de maio.

    No total, foram aplicadas 1.163.617 da primeira dose e 629.036 da segunda, de acordo com boletim do último dia 5 da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (Dive). Neste sábado (8/5), 55.800 novas doses da CoronaVac chegam ao estado, por volta das 10h15, no aeroporto de Florianópolis. A Dive afirma que com a nova remessa será possível completar o esquema vacinal de quem aguarda a segunda dose.

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    Na Grande Florianópolis, a capital e São José chegaram a ficar sem estoque da Coronavac no final de abril.

    Histórico

    Em março, o então ministro da saúde Eduardo Pazuello orientou para o uso de todas as vacinas como primeira dose, sem reservar para a segunda aplicação. A previsão, na época, era dobrar o número de aplicações por conta da acelerada produção no Butantan e Fiocruz, responsável pela vacina Astrazeneca. Em abril, com a redução dos estoques, a orientação era de que as secretarias marcassem a aplicação da segunda dose para 28 dias depois da primeira, prazo máximo da bula. No fim do mês, o novo ministro Marcelo Queiroga afirmou que a pasta pede o armazenamento de metade das doses para garantir a segunda aplicação. Em nota, o Ministério da Saúde recomenda a aplicação da segunda dose da Coronavac mesmo fora do prazo recomendado.

    Nesta quinta-feira (6), o Butantan suspendeu o envase das doses da Coronavac e pode atrasar as entregas por falta de insumos, que vêm da China. A informação ocorre depois da fala do presidente Bolsonaro, que insinuou que o vírus é parte de uma “guerra química”, referindo-se indiretamente ao país asiático. Dez capitais registram falta de doses da Coronavac: Aracaju, Belo Horizonte, Campo Grande, Maceió, Natal, Porto Alegre, Porto Velho, Salvador, Recife e Teresina.

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