O Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina (IGP) firmou convênio com a Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad), do Ministério da Justiça e Segurança Pública para aquisição de equipamentos de identificação e detecção de drogas e substâncias psicoativas, entre elas as chamadas “drogas do estupro”. As substâncias são utilizadas para dopar e deixar as vítimas inconscientes – também chamadas de “boa noite Cinderela” – e cada surgem novos entorpecentes em circulação, o que dificulta identificação forense.
Os recursos são para a aquisição de quatro equipamentos de infravermelho FTIR, para instalação nos setores de química forense em Florianópolis, Joinville, Chapecó e Criciúma. Os equipamentos reforçarão os trabalhos de identificação de drogas de abuso, novas substâncias psicoativas, além de outras substâncias em material bruto.
A coordenadora Estadual de Análises Forenses, Kelly Ribas Lobato, destaca que os aparelhos FTIR podem substituir outras análises mais demoradas e caras utilizadas na análise das drogas “clássicas” e que o sistema de cromatografia líquida com detector triplo quadrupolo vai identificar novas drogas sintéticas no setor de toxicologia forense.
“Surgem cada vez mais novas drogas que são utilizadas como psicoestimulantes, drogas recreacionais e facilitadoras de crimes como estupro e roubo. Esses equipamentos serão fundamentais na determinação da causa mortis em casos de overdose, além da identificação do uso destas substâncias por vítimas envolvidas em acidentes de trânsito, homicídios, suicídios, violência sexual, casos de “boa-noite-cinderela”, afogamentos, mortes suspeitas, entre outros”, disse.
O valor da compra dos equipamentos é de R$ 3.428.056,14, o maior convênio já firmado pelo IGP.