Maricultores instalados na baía sul de Florianópolis foram autorizados para cultivar a macroalga Kappaphycus alvarezii.
Nesta quinta-feira (12/8) o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) concedeu ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) licença ambiental de operação para cultivo comercial da macroalga no parque aquícola número 5. A autorização é válida por quatro anos.
A macroalga pode representar uma importante fonte de renda para os maricultores do Estado. Ela produz a carragenana, usada como espessante pelas indústrias química e alimentícia. Só em 2015 o Brasil importou 1.836 toneladas do produto, ao custo de US$16 milhões. Também está em franco crescimento a produção de biofertilizante a partir desta matéria-prima, pagando ao produtor entre R$ 3,00 e R$5,00 o quilo de alga fresca.
O parque aquícola Florianópolis número 5 está localizado na Baía Sul da capital catarinense e compreende as costas dos bairros Caieira Barra do Sul, Ribeirão da Ilha e Tapera. Abrange 106 áreas aquícolas e 104 produtores. Sete áreas manifestaram interesse em cultivar a macroalga.
Segundo a Epagri, a capacidade produtiva estimada é de 38,4 a 64 toneladas de macroalga por hectare a cada ciclo de cultivo e há estudos que apontam a possibilidade de acontecerem entre três e cinco ciclos anuais.
Agora o trabalho da Epagri continua para liberação do cultivo da macroalga nas 20 áreas ainda não contempladas.
A macroalga é nativa de regiões tropicais do continente asiático, como Indonésia e Filipinas, que são os maiores produtores mundiais. Por ser de uma região quente, ela não consegue se reproduzir sozinha no Brasil, onde a sua propagação é vegetativa. Isso representa uma importante segurança ambiental, pois garante que a espécie exótica não vai se reproduzir descontroladamente.
Com informações da Epagri