Governo federal vai taxar mais energia elétrica por causa da seca no Sul

    Ministro cita período de seca na região para pedir redução de consumo; conta de luz fica mais cara nesta quarta (1º)

    “O período de seca no Sul foi pior do que o esperado, como consequência os níveis dos reservatórios das nossas usinas hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste sofreram redução maior do que a prevista”, disse o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em pronunciamento em cadeia nacional na noite dessa terça-feira (31/8).

    Para mitigar os impactos da falta de chuva e consequentemente o nível menor de reservatórios, o ministro fez um apelo para que as pessoas utilizem menos energia elétrica: “Participemos de um esforço inadiável de redução de consumo”. Ele citou também que as pessoas devem reduzir o uso de chuveiros elétricos e ferros de passar, além de aproveitar mais a luz natural.

    hidrelétrica de machadinho
    Hidrelétrica de Machadinho, em Piratuba, que está com 45% da capacidade do reservatório – Engie/Divulgação/CSC

    Por causa da insuficiência de chuvas, o país tem operado mais com termelétricas, que tem energia mais suja e cara. Assim, para compensar os custos e forçar uma redução no consumo, o governo federal vai adicionar uma taxa de R$14,20 a cada 100 quilowatt-hora consumidos, subindo em cerca de 7% a conta de luz. Essa cobrança vale para todos os tipos de consumidores do Sistema Interligado Nacional (residenciais, industriais) já a partir desta quarta-feira (1/º/9), até abril de 2022.

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    Conforme dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os reservatórios das hidrelétricas do Sul do Brasil estão com 28,07% da capacidade, os do Sudeste e Centro-Oeste com 21,57%. No norte e Nordeste a situação é menos crítica, com 70,56% e 49,46% respectivamente de reservatórios cheios nesta quarta-feira.

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    Confira o pronunciamento do ministro

    Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br

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