Com fim de bloqueios, fiscalização atua para impedir aumento ilegal da gasolina

Donos de alguns postos da Grande Florianópolis aproveitaram o desabastecimento para cobrar preços abusivos

Com os bloqueios de estradas promovidos por dois dias por caminhoneiros em Santa Catarina houve o desabastecimento de produtos em grandes centros urbanos, como na Grande Florianópolis, onde rapidamente secou a gasolina nos postos. Os manifestantes que participaram dos atos ilegais fizeram o trancamento do ir e vir de caminhões-tanque na base da Petrobras em Biguaçu, na SC-407, justamente para fazer acabar a gasolina na região metropolitana.

Diante do cenário crítico, houve quem tentou se aproveitar do momento de fragilidade logística e aumentou ilegalmente o preço da gasolina na bomba. Diversas denúncias pipocaram nas redes tratando que os preços subiram dos já salgados R$ 5,95 para até R$ 6,20. Assim, órgãos de fiscalização estaduais e municipais se voltaram contra a prática ilegal.

A guarda municipal de Florianópolis relatou que foi chamada a um posto na Av. Ivo Silveira, na noite de quarta-feira (8), quando um estabelecimento próximo ao elevado encareceu o preço da gasolina diante dos clientes que esperavam na fila. Segundo a guarda o próprio responsável pelo local admitiu o “reajuste”.

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Outra ação para barrar os aumentos abusivos foi anunciada na manhã dessa quinta-feira (9/9) pelo Ministério Público. Em conjunto ao Procon estadual, a Secretaria de Estado da Fazenda e a Polícia Civil, iniciou uma operação de fiscalização nos postos de combustíveis da Grande Florianópolis para verificar as suspeitas de aumento injustificado nos preços. Segundo o MP, nos casos comprovados de aumento do valor sem justificativa, o responsável pelo posto de combustível será autuado e haverá abertura de inquérito policial por possíveis crimes contra a economia popular.

carro da guarda de florianópolis em frente a posto de combustível
Guarda impediu aumento irregular no preço cobrado por um posto na Av. Ivo Silveira, no continente – PMF/Divulgação/CSC

O chefe do MPSC, Fernando Comin, também afirmou que pretende responsabilizar pessoas e empresas que estejam por trás dos atos que provocaram o bloqueio ilegal das estradas em Santa Catarina. Alguns pontos de bloqueio ainda permaneciam em Aberlardo Luz e Xanxerê às 19h.

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Em Palhoça a prefeitura também iniciou ação fiscalizatória. Foram visitados 12 postos, nos bairros Pedra Branca, Jardim Eldorado, Ponte do Imaruim, Centro e Praia de Fora. Segundo a prefeitura dois postos foram notificados por comercializarem gasolina a R$ 6,19.

Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br

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