O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mário Cézar de Aguiar, participou de reunião da AEMFLO/CDL-SJ nesta quarta-feira (15/9) para apresentar a campanha “SC não pode parar”. A campanha tem o objetivo de sensibilizar os catarinenses para a gravidade de um problema que pode travar Santa Catarina e da necessidade de buscar soluções em infraestrutura.
O foco inicial é a BR-101, porém outras rodovias, como as BRs 470, 280, 282 e 163, também estarão em evidência. Serão 12 meses de movimentação, com debates, palestras e ações inéditas para discutir alternativas para a solução dos gargalos que envolvem essas rodovias.
A Aemflo e a CDL confirmaram a adesão à campanha. Segundo o presidente das entidades, José Marciel Neis, a única alternativa para encontrar soluções para a “imobilidade” da região é a união das forças empreendedoras e do poder público para dar agilidade ao processo. “Os municípios têm que se unir para que tanto as obras da terceira faixa quanto as do Contorno Viário tenham um encaminhamento mais assertivo. Os prejuízos são incalculáveis tanto economicamente quanto de perda de vidas, que se acumulam com o atraso das obras”.
Já o presidente da Fiesc explicou sobre o custo logístico de Santa Catarina. “Baixar o custo logístico do nosso estado é fator determinante para a competitividade”. Ele explicou que o custo logístico catarinense é de R$ 0,14 centavos para cada real faturado e está acima da média nacional. “Cada real faturado, 50% é custo rodoviário”, completou Aguiar.
A BR-101 é a primeira a ser explorada pela campanha por ser a rodovia de maior movimento e abrigar no seu entorno um complexo portuário estratégico e um dos destinos turísticos mais procurados do Brasil. A falta de segurança e fluidez trava as demais rodovias que trazem a produção gerada em todas as regiões catarinenses aos portos. Isso porque, o PIB das cidades do entorno da rodovia quase dobrou, passando de R$ 76,4 bilhões em 2010 para R$ 144,3 bilhões em 2017. A frota desses municípios passou de 1,7 milhão para 2,6 milhões de veículos entre 2010 e 2019.
Segundo Neis, a terceira faixa poderia ter sido feita de forma muito mais rápida. “A ANTT foi muito flexível em relação aos prazos de entrega tanto das obras da BR-101, quanto do contorno viário. As obras do lado direito foram realizadas em três meses, já as do lado esquerdo demoraram sete meses. Precisamos antecipar o término das obras, basta ter boa vontade. “São muitas pessoas afetadas de toda a região metropolitana”.