Levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em outubro afirma que a cesta básica em Florianópolis subiu 5,7% e passou de R$ 700,69 em média, a mais cara entre 17 capitais brasileiras pesquisadas.
Esse valor representa o mínimo necessário para alimentar uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças, durante um mês.
O levantamento mostra que são necessárias, em média, 140h de trabalho por mês para se conseguir comprar esse conjunto de alimentos e que, em um ano, a alta no preço da cesta básica na capital catarinense está perto de 20%. Recentemente a Udesc calculou que a inflação em Floripa é a mais alta dos últimos 11 anos.
Algumas das altas de preços averiguadas em outubro foram a da batata (33%) e da carne bovina (3,65%); já o feijão, por exemplo, teve recuou de 0,36%.
Com base na cesta mais cara do Brasil, a de Florianópolis, o Dieese estima que o salário-mínimo deveria ser equivalente a R$ 5.886,50, o que corresponde a 5,35 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. O valor da cesta básica em Florianópolis hoje representa 64% do salário-mínimo.
Depois de Florianópolis, as cestas básicas mais caras são encontradas em média em São Paulo, com R$ 693,79, e Porto Alegre, com R$ 691,08. Segundo o departamento, em Aracaju a mesma cesta básica tem preço médio de R$ 464,17.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br