Uma das rodovias federais mais importantes de Santa Catarina, a BR-282 deverá ganhar terceiras faixas, de ultrapassagem, nos pontos considerados mais críticos e onde há registro de maior fluxo de veículos e acidentes, especialmente entre o Litoral e a Serra Catarinense.
A informação foi confirmada nesta terça-feira (16/11) pelo presidente da comissão de infraestrutura do Senado, senador Dário Berger (MDB), que tratou do assunto com o diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), general Santo Filho. A expectativa do senador é de que as obras iniciem no 1º semestre de 2022.
Uma reunião entre o DNIT e a secretaria de Infraestrutura do Estado será articulada pelo senador nos próximos dias, já que o governo estadual manifestou interesse em alocar recursos para agilizar obra. O objetivo é agilizar os trâmites necessários para que os serviços iniciem o quanto antes.
Dário tem defendido a construção de faixas adicionais na rodovia considerando que a curto prazo o governo federal já sinalizou que não será possível a duplicação por falta de orçamento. Nesse ano a Fiesc estimou que a ampliação das faixas de ultrapassagem está na ordem de 193 milhões de reais.
“A duplicação da BR-282 é o ideal, mas precisamos ser realistas de que isso é inviável num curto período de tempo pela falta de recursos alegada pelo governo neste momento. No entanto, a população catarinense exige que algo seja feito para ‘ontem’. Por isso, tenho reiterado que pelo menos sejam construídas terceiras faixas. Exige menos dinheiro, pode ser realizado em curto prazo e já será um grande avanço para garantir mais segurança a quem trafega pela rodovia”, explicou Berger.
Conhecida como Corredor do Mercosul, a BR-282 faz a ligação Leste-Oeste, cruzando todo o estado de Santa Catarina. Com 684 quilômetros de extensão, a rodovia vai de Florianópolis até o município de Paraíso, na fronteira com a Argentina, interligando regiões de grande importância econômica para o estado.
Estatísticas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontam a ocorrência média de mais de 2 acidentes por dia e de uma lesão grave ou morte a cada 2 dias. Os dados são do período de 2017 a 2020 e consideram os quilômetros 15, em Palhoça, ao 240, em Lages.