A Secretaria de Saúde de Santa Catarina (SES) emitiu um alerta para os serviços de saúde de todos os municípios catarinenses sobre a necessidade de considerarem o vírus Influenza (gripe) como agente causador de casos de Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente na população de maior risco, como crianças, idosos e portadores de comorbidades.
Segundo a SES, a medida se faz necessária devido ao aumento de casos identificados tanto em Santa Catarina, como em demais estados. Até esse domingo (26/12) em SC, o número de casos confirmados permanece em 56 pessoas com esse tipo de gripe, sendo que 53 ocorreram entre o fim de novembro e início de dezembro. Dessas pessoas infectadas, foi identificado o subtipo H3 em 33 casos.
O diretor da DIVE, João Augusto Brancher Fuck, esclarece que o objetivo da vigilância da influenza é identificar uma mudança no perfil epidemiológico da doença, de forma a orientar oportunamente os serviços de saúde, bem como iniciar o tratamento adequado com o medicamento Tamiflu “A terapia precoce reduz tanto a duração dos sintomas quanto a ocorrência de complicações que podem levar à morte”, ressalta o diretor.
O vírus influenza (gripe)
A influenza ou gripe é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório e possui elevado potencial de transmissibilidade. Existem três tipos de vírus influenza/gripe: A, B e C Os tipos A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável por grandes pandemias. Entre os subtipos do vírus influenza A estão o A (H1N1) e A (H3N2).
Os sintomas da gripe têm início súbito e se apresentam como febre, tosse seca, dor de garganta, dor muscular, dor de cabeça e fadiga. Geralmente têm duração de sete dias, embora a tosse, o mal-estar e a fadiga possam permanecer por algumas semanas. No entanto, alguns casos, principalmente em indivíduos com fatores e/ou condições de risco, podem evoluir para um quadro mais grave, conhecido como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), necessitando hospitalização.
A transmissão do vírus influenza, que provoca a gripe, é mais comum nas estações frias como o outono e o inverno, mas o vírus circula durante todo o ano. Por isso, a transmissão no verão, mesmo que atípica, pode ocorrer.
Dessa forma, é importante reforçar as medidas de prevenção contra a doença. “A gripe e a Covid-19 são doenças respiratórias transmitidas de forma muito parecidas. Então, quando prevenimos a Covid-19, prevenimos também a gripe. É fundamental seguir as recomendações da etiqueta da tosse, manter os ambientes ventilados e continuar utilizando a máscara em locais fechados ou nos quais o distanciamento não pode ser mantido”, esclarece o diretor da Dive.
Prevenção e orientações
Lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel
Utilizar lenço descartável para higiene nasal
Cobrir o nariz e boca com o antebraço ao espirrar ou tossir
Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca
Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas
Manter o uso da máscara, especialmente nos locais pouco ventilados ou em que não é possível manter o distanciamento social
Manter os ambientes bem ventilados
Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe
Evitar sair de casa em período de transmissão da doença
Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados)
Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
Vacinação contra a gripe
Em Santa Catarina, a vacinação contra a gripe para os grupos prioritários ocorreu em todo o estado entre abril e julho. A partir de 10 de julho, os municípios que ainda tinham doses disponíveis puderam vacinar a população em geral. Para a realização da campanha, o estado distribuiu 2.757.310 doses da vacina. A cobertura vacinal alcançada foi de 67,4%.
Para o próximo ano, segundo a Dive, já existe a recomendação para que a vacina aplicada seja quadrivalente e contemple a proteção contra o vírus do tipo A/Darwin/9/2021 (H3N2).