Deputado aponta falta de insumos e equipamentos em hospitais de SC

Bruno Souza aponta que morosidade em compras e manutenção prejudica pacientes

Diversos problemas pontuais em unidades hospitalares do SUS em Santa Catarina chamaram a atenção do deputado estadual Bruno Souza (Novo), que passou a fiscalizar detalhes de contratos e compras. Diante das supostas irregularidades o parlamentar afirma que há uma morosidade em compras e manutenção dos equipamentos no SUS, o que prejudica pacientes da rede pública, e, dessa forma, pede ao Ministério Público de Contas abertura de inquérito.

Um dos casos apurados é o atraso de mais de oito anos na licitação para contratação de empresa terceirizada para a realização de exames laboratoriais. Apesar de ser essencial à prestação do serviço público de saúde, devido a erros administrativos na condução da licitação, o processo, que começou em 2014, ainda não foi finalizado. Durante o período, de 14 a 22, o serviço ocorre por meio de dispensas de licitação emergenciais.

Além disso três dos mais importantes hospitais da rede pública estadual – Hospital Regional de São José, Instituto de Cardiologia e Hospital Santa Tereza – ficaram seis meses sem cobertura contratual para serviços laboratoriais. Segundo o deputado foi por “desatenção” da Secretaria de Saúde com relação ao vencimento dos contratos de emergência.

Falta de insumos

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Outra falha de gestão se refere aos insumos nos hospitais públicos de Santa Catarina. Segundo o deputado foi apurado que no Hospital Governador Celso Ramos está em falta as agulhas de biópsia estereotáxicas, necessárias para realização de diagnósticos de lesões graves no cérebro, e dos sete tubos de endoscopia, cinco não estão funcionando.

Situação semelhante também no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina. Em novembro de 2021, três aparelhos de hemodinâmica, imprescindíveis para a realização de exames e procedimentos cirúrgicos, estavam quebrados. Após as cobranças, um dos equipamentos foi consertado, porém era insuficiente para que houvesse a retomada da agenda de exames e procedimentos que seguiu interrompida.

Outra falha averiguada foi no Hospital Infantil Joana de Gusmão, onde um bebê ficou com sonda por meses à espera do funcionamento de um aparelho videogastroscópio e que teria voltado a operar após pressão do deputado.

Dessa forma, o deputado solicitou ao MPC a abertura de inquérito para apurar as responsabilidades eventualmente existentes e para estabelecer medidas e procedimentos para aperfeiçoar o planejamento e a governança no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde, mitigando as recorrentes falhas na prestação do serviço público catarinense.

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