Nesta terça-feira (26/4) a Policia Civil prendeu um homem apontado como o suspeito do assassinato de Yara Filomena Werner da Silva, que trabalhava como técnica de enfermagem, em Florianópolis. Ele era marido da vítima.
Conforme o inquérito da Delegacia de Homicídios da Capital, em 5 de abril o corpo da vítima foi encontrado carbonizado em um terreno baldio ao lado de um condomínio na subida do Morro da Lagoa. A mulher tinha sido dada como desaparecida pelo marido em 29 de março.
Após diversas diligências, análise e cruzamento de informações, a Polícia Civil conseguiu identificar o companheiro da vítima – com o qual a mulher convivia há cerca de dez anos e tinha uma filha – como o suspeito do crime.
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Durante a investigação o delegado Ênio de Mattos afirmou que não havia como determinar se a morte de Yara ocorrera antes do corpo ser queimado. Com a prisão do marido, levado à delegacia, o homem confessou o crime e admitiu que estrangulou a mulher por ciúmes, porque supostamente ela iria sair naquele dia (29 de março) para se encontrar com um ex-namorado. As circunstâncias podem qualificar na justiça o homicídio como feminicídio.
Ao longo da investigação também foram identificados 30 boletins de ocorrência a respeito de violência doméstica na residência da técnica de enfermagem, que inidicavam um ambiente hostil à ela e seus filhos.
Yara tinha 46 anos e deixa três filhos – além da menina de 7 anos que teve com o autor do crime, a mulher tinha mais dois, de 12 e 14 anos. Ela trabalhava no Hospital Universitário, onde era reconhecida como uma pessoa alegre e dedicada. Dezenas de pessoas que a conheciam fizeram homenagens nas redes sociais e manifestaram sua indignação. A UFSC e o Coren também emitiram notas de consternação e por justiça pela morte de Yara.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br