O município de Anitápolis ainda sofre com as consequências das chuvas da semana anterior provocadas pela passagem de um ciclone próximo a Santa Catarina.
Essa foi a cidade mais afetada da Grande Florianópolis e que tem recebido ajuda e solidariedade dos municípios da região. Ao todo, 223 pessoas ficaram desalojadas – abrigadas em casas de familiares amigos ou vizinhos. 28 moradores ainda não conseguiram retornar para suas casas e permanecem em um abrigo no salão da Igreja Luterana e na capela da Vila Antonio David.
Conforme a Defesa Civil de Anitápolis, na terça, na quarta e na quinta-feira da última semana, choveu no município 411 milímetros. A média histórica, dos últimos 30 anos é 126mm para maio. A cidade inteira permaneceu por mais de 24 horas sem energia elétrica, abastecimento de água, telefone e internet.
O risco mais preocupante foram os deslizamentos, muitas casas foram completamente atingidas. Houve quedas de barreiras, cerca de 15 pontes foram danificadas ou destruídas, tornando inacessível o acesso a 23 comunidades do município de 3,2 mil habitantes, conforme avaliação da Defesa Civil estadual.
Por conta dos estragos, o governador Carlos Moisés visitou o município nesta segunda-feira (9/5), a fim de averiguar a situação e agilizar o conserto dos acessos para Anitápolis.
Moisés afirmou que vai pedir ajuda ao Exército para reabrir estradas – trabalho que está sendo feito principalmente pelo Corpo de Bombeiros Militar de SC, com 16 bombeiros – e que terá reunião com a equipe de governo ainda nesta segunda sobre o levantamento dos danos causados pelas chuvas nos municípios de forma mais precisa. “Precisamos que as intervenções sejam feitas não apenas para dar uma resposta superficial para a comunidade, mas que sejam intervenções permanentes”, destacou.
A prefeita de Anitápolis, Solange Back, pontuou que todos os levantamentos dos prejuízos estão sendo apurados. Conforme ela, além da proteção às famílias, outra questão que preocupa é a agropecuária, pois é preciso escoar a produção, que é responsável por 80% da economia do município.
“Algumas estradas gerais já foram liberadas, mas os acessos às casas e às propriedades ainda estão complicados. Foi muita chuva. O relevo da nossa cidade é composto por muito morro. A vinda do governador Carlos Moisés é um alento. Somos um município pequeno, mas os estragos foram grandes”, relatou Solange Back.