A rede municipal de ensino de São José ganhou o segundo Laboratório Google com a inauguração do espaço no Centro Educacional Municipal (CEM) São Luiz, no bairro São Luiz, nesta terça-feira (17/5). Concomitantemente, foi lançado o Movimento Geração do Futuro para todos os 9º anos do Ensino Fundamental da rede josefense.
O Laboratório Google consiste em um espaço diferenciado para a aprendizagem com mobiliário e cores descontraídas para favorecer a interação e a criatividade dos participantes. Em março, durante as comemorações de aniversário, São José inaugurou o primeiro Laboratório Google na Escola Básica Municipal Professor Altino Corsino da Silva Flores, em Barreiros. Os computadores, modelo Chromebook, foram fornecidos em março para toda a rede.
Segundo a secretária de Educação de São José, Ana Cristina Hoffmann, o desafio na área é transformar a vida dos alunos: “A escola precisa ser atrativa, um lugar em que os estudantes queiram ficar. É com esses espaços que a geração do futuro vai se destacar”.
O prefeito, Orvino Coelho de Ávila, falou da perspectiva de que 70% das profissões de 2030 ainda não foram criadas, o que dá a importância para a rede de educação ser protagonista em modernização. “Quero dar minha contribuição ao município e não quero fazer nada de errado. Não prometi muito, então espero poder melhorar a realidade pra quem mais precisa. Eu tenho esse débito maior com as crianças e dando condições tecnológicas é a única ferramenta que pode dar mais igualdade. Vamos colher frutos muito antes do que a gente pensa”, discursou o prefeito.
O Movimento Geração do Futuro na rede de ensino de São José tem como objetivo proporcionar aos estudantes competências para uma nova economia global. A implementação é feita em parceria da prefeitura com a Acate, Fiesc e Sesi/Senai. Fernando Matiazzi, representante do Sesi na inauguração do segundo Laboratório Google, afirma há uma necessidade de melhor formação tecnológica. “Aqui estamos fazendo isso, coisa com consistência. E a educação de qualidade é o único caminho para melhorar o emprego”.
O movimento começou no ano passado com a formação dos professores da rede municipal para explorar a metodologia Maker, que é o aprender fazendo, com palestras para os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e neste ano com atividades para os alunos da Escola Básica Municipal Altino Flores, na comunidade Procasa, em Barreiros. Agora, o Movimento entra em uma nova fase com a oferta do curso Maker Startup Teens para todos os 9º anos da rede.
O curso Maker Startup Teens está sendo desenvolvido nos 21 Centros Educacionais Municipais (CEMs) que contam com os 9º anos. Com atividades semanais no contraturno escolar, o conteúdo contempla aulas de tecnologia e robótica, comunicação e mídia, e liderança, empreendedorismo e orientação profissional, totalizando 80h.
Entrevista com o prefeito
Correio SC – Qual o objetivo dos laboratórios Google na rede de ensino?
Prefeito Orvino – É dar todas as condições necessárias aos alunos, especialmente aqueles que mais necessitam, para terem um futuro melhor. Nós só vamos melhorar o município, o estado, o país, através da educação e você dando as condições necessárias. E é através da tecnologia que você vai equiparar a diferença entre os alunos mais simples e o mais ou menos, não é nem a diferença entre o mais pobre e rico, você vai dar as condições a esse pessoal e preparando eles você vai ter menos crianças nas ruas. Serão alunos mais bem preparados, no futuro com melhores salários.
Correio – Essas são as linhas gerais do Movimento Geração do Futuro?
Orvino – Essa é a mola mestra, que você prepare, que tenha bons profissionais e tendo bons profissionais certamente a questão salarial fica diferente. Você dá a capacidade para que eles possam disputar o mercado de trabalho em condições de igualdade com qualquer um.
Correio – A respeito de melhorar a infraestrutura da rede municipal, o que está em vista nesse sentido?
Orvino – Reformar, dar melhores condições, ter o cuidado quando faz o termo de referência para que a obra saia o melhor possível. Sei que é difícil, depende de licitações, mas ter uma fiscalização mais ampla, punir aquelas empresas que acabam começando a obra e parando e acaba sendo premiada, pega outra. Você tem que chegar a um denominador aceitável porque o ambiente de escola tem que ser o melhor possível para poder motivar o aluno, tem que ter outros atrativos para que ele possa ficar na escola. Tem escolas que os alunos inclusive pedem “para morar lá” porque gostam do lugar.