A Polícia Civil concluiu na sexta-feira (29/7) o inquérito a respeito de denúncias de maus-tratos em creche em Florianópolis. A situação ocorria no estabelecimento Bem-Me-Quer, no bairro Capoeiras, na região continental, onde bebês crianças de até 6 anos frequentavam.
De acordo com a investigação da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (Dpcami) da capital, todas as 22 crianças atendidas no local sofre algum tipo de mau trato. Porém, em alguns casos houve violência suficiente para ser enquadrada no art. 1° II da lei 9.455/97, o que significa tortura.
“Em regra todas sofreram maus tratos. Algumas sofreram situações que podem configurar tortura”, afirmou o delegado Felipe Fuentes à reportagem.
Com a repercussão das denúncias, em 6 de julho o local foi interditado pelo Procon estadual e o Ministério Público de SC abriu dois procedimentos de investigação, além de também ter requisitado a investigação da Polícia Civil.
Ao longo da investigação os agentes da Dpcami ouviram 35 pessoas envolvidas, entre responsáveis legais pelas crianças, professoras e outras testemunhas, além das duas pessoas investigadas. A conclusão do inquérito, enviado para o Ministério Público estadual, indicia essas duas pessoas por diversos crimes de maus-tratos contra as 22 crianças.
A investigação concluiu que todas as crianças, entre 1 e 6 anos de idade, foram vítimas dos crimes de maus-tratos, exposição a constrangimento, lesão corporal, injúria e torturas física e psicológica.
