Uma facção criminosa é alvo de uma operação policial na capital na manhã desta quinta-feira (4/8), que envolve quase 500 policiais. A chamada operação “Trem Bala” busca desarticular a operação do crime organizado na região continental de Florianópolis, mais precisamente na comunidade Chico Mendes, com 35 mandados de prisão de faccionados.
Pela periculosidade dos envolvidos, que dispõem de armamentos ilegais, a operação é encabeçada pelo Bope, da Polícia Militar, e é resultante de investigação da 39ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, do MPSC, que tem atuação especializada no combate ao crime organizado através do Gaeco.
Além de 35 traficantes que são procurados para prisão preventiva, a operação faz buscas de 80 mandados de apreensão de provas do crime organizado na Chico Mendes, de modo que posteriormente os presos sejam julgados com os elementos materiais que comprovam o comércio de drogas ilegais.
Participam da operação 448 policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais, do 22° Batalhão de Polícia Militar, Batalhão de Choque, guarnições de patrulhamento tático, Companhia de Policiamento com Cães, Agência Central de Inteligência, Batalhão de Aviação, além do apoio da Polícia Científica.
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“Trem bala”
Diversas músicas trazem a expressão “maquinista do trem bala”, geralmente em alusão aos envolvidos com o tráfico de entorpecentes. São hits que faz a cabeça de diversos jovens que moram em comunidades e acabam aliciados pelo dinheiro do crime organizado.
Traficantes da Grande Florianópolis nas redes sociais se identificam com o codinome “maquinista do trem bala”, o que significa que trabalham de olheiros (vigias das bocas de fumo) ou como comerciantes de drogas, ou apenas querem se exibir na internet.
A expressão “trem bala”, porém, é mais associada nacionalmente aos criminosos da facção carioca Comando Vermelho, que em Santa Catarina pode estar associada com o Primeiro Grupo Catarinense (PGC). Daí então o nome da operação. A Polícia Militar e o MPSC não confirmam essas informações. Segundo o Ministério Público a operação é contra “facção criminosa com atuação interestadual”.