A Secretaria de Assistência Social de São José fez uma parceria com a embaixada do Haiti no Brasil, de forma inédita, para facilitar a regularização de documentos dos imigrantes. Com o acordo há a vinda de uma comissão consular de Brasília para a cidade, de modo a agilizar os serviços, inclusive para os haitianos da região da Grande Florianópolis.
Com boa oferta de empregos e oportunidades, São José é um dos municípios mais procurados pelos imigrantes haitianos como destino. Assim a secretaria municipal resolveu tomar ações para ajudar na regularização. Segundo do Cadúnico, eram 323 imigrantes haitianos estabelecidos na cidade até o primeiro semestre.
Os atendimentos iniciaram nesta segunda-feira (22) e vão até sábado (27/8), no Centro de Atenção à Terceira Idade. O objetivo é atender mais de mil imigrantes e refugiados haitianos, agendados previamente, que possuem demandas de documentação civil. A ação possibilita solicitar ou renovar passaporte, bem como emitir documento de identidade.
No rol de imigrantes beneficiados com o serviço, está a haitiana Daline Oreus, que mora no Brasil há quatro anos e ficou feliz com a iniciativa. “Essa oportunidade nos ajudou muito, pois temos duas filhas, a bebê com 9 meses e outra com 13 anos. M eu marido e eu precisávamos atualizar os passaportes e demais documentos e viajar com elas seria bem difícil, fora os gastos”, concluiu a imigrante.
Sem precisar ir a Brasília
A parceria visa fortalecer o vínculo entre a comissão consular, gestão municipal e os haitianos que têm dificuldades financeiras para ir até Brasília acessar os serviços oferecidos pela embaixada. A iniciativa também proporciona a esses imigrantes serviços como emissão de carteira de identidade, certidão de nascimento, passaporte, certidões consulares, procuração e organizações de casamento.
Segundo Wisly Jules, presidente da Associação dos Imigrantes de Santa Catarina e coordenador do Centro de Apoio e Atendimento ao Imigrante, os documentos são fundamentais e dão mais dignidade aos haitianos. “Sem passaporte ou carteira de identidade eles não conseguem empregos ou estudar, por exemplo. Trazer a embaixada aqui evita que os haitianos, boa parte em dificuldades financeiras, tenha gastos com viagens para retirar os documentos”.
