O prefeito de São José, Orvino Coelho de Ávila, assinou nesta quinta-feira (1º/9) a ordem de serviço do trecho 2 da Av. Beira-Rio de Forquilhas. A avenida terá 2.500 metros de extensão em cada margem do Rio Forquilhas, ligando a rotatória do supermercado na Antônio Jovita Duarte, em Forquilhinha, à SC-281.
Idealizada há mais de duas décadas, a avenida tem a missão de garantir fluidez ao trânsito do Sertão do Maruim, Forquilhinha, Forquilhas, Flor de Nápolis, Potecas, Picadas do Sul e Distrito Industrial. A obra será dividida em quatro trechos, que devem melhorar a mobilidade na região.
“Temos mais de 100 mil pessoas de Forquilhinhas para dentro, é a região onde a cidade vai crescer. Não fizemos antes por falta de recursos e de representatividade na região”, afirmou o prefeito após a assinatura da ordem de serviço. A obra será bancada em parte pelo Governo do Estado, com aporte de R$ 39 milhões, e parte pela prefeitura, com gasto de R$ 15 milhões, a maioria para as desapropriações. O prazo de execução é de 2 anos.
Michel Schlmper, vice-prefeito e secretário de Urbanismo e Serviços Públicos traduziu a assinatura da ordem de serviço como histórica para São José . “Essa é uma manhã histórica para São José dada a importância e relevância que essa obra tem para o município. Desde o primeiro dia que assumimos a Prefeitura, o prefeito Orvino pegou o projeto e estabeleceu como uma prioridade a obra”, disse.
Quatro etapas de obras de mobilidade
O primeiro trecho da obra, por sua vez, liga a BR-101 à SC-281, com extensão também de 2,5 quilômetros, está em fase de desenvolvimento dos projetos de engenharia. O terceiro trecho, da rua Antônio Jovita Duarte até o loteamento Ceniro Martins, em Forquilhas, e o quarto trecho do loteamento até o contorno viário, com 2,5 quilômetros, estão em fase de planejamento.
Entrevista: Orvino Coelho de Ávila
Correio SC – Como serão as desapropriações no trecho da obra e como fica a questão social? Haverá um programa habitacional ali?
Prefeito Orvino – Isso está sendo tratado pela Assistência Social. Nós mobilizamos todos os órgãos da prefeitura, a SUSP, Assistência Social, secretaria de Infraestrutura, para a gente dar o tratamento mais adequado, porque isso lida com pessoas, elas têm que ser respeitadas. Logicamente que você tem que separar bem o joio do trigo. Tem especuladores, tem pessoas que estão ali que precisam. Tomamos todos os cuidados e isso já uma exigência do Tribunal de Contas, do próprio judiciário. Vamos fazer dentro do que a lei permitir, nós não queremos dar prejuízo para ninguém. Agora, não podemos fazer também o impossível.
Correio – Há uma decisão judicial sobre esse trecho?
Orvino – Sobre a ocupação indevida da margem do rio. Eu não vou dizer que eu vou pagar a faixa de recuo porque a legislação não permite que faça. Tem inclusive uma multa que era para o município já estasr pagando e que graças ao projeto em andamento não tem sido cobrado, mas era para nós estar pagando uma multa por deixar a ocupação na margem do rio. O que é um perigo, isso não dá dignidade às pessoas. Nós temos concluindo lá um conjunto habitacional de 12 anos atrás que tem uma parte das pessoas que estão escritos lá e a gente pretende seguir à risca e momentaneamente que a própria locação. A Câmara aprovou uma lei pra gente ir e resolvendo. Não adianta eu vim aqui dizer que vou dar solução para tudo que a vontade pode ser essa, mas às vezes a gente esbarra na questão da legalidade.
Correio – Juntando os quatro trechos de obra, qual é o plano para a região?
Orvino – O trecho um é compreendido da BR 101 até 281, que estamos em fase de projeto. O trecho 2 é este que começa amanhã, segundo escutamos aqui da empresa do consórcio que ganhou a obra, que vai da SC-281 até Antônio Jovita, que é o principal gargalo, é o principal entrave da região hoje. Se resolve boa parte do imbróglio que tem ali com relação ao trânsito, a parte social, a parte das inundações. Essa vai ser a grande alça de contorno do município, da BR-101 até a nova alça de contorno. Feito esse anel você corta o município no seu coração, dando fluidez, dando mobilidade, dando melhores condições de um crescimento ordenado. As ocupações mais respeitadas, que é isso que se precisa, você tem que cuidar.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br