Profissionais de enfermagem protestam em Florianópolis por piso salarial

    Cerca de 500 pessoas participaram do ato nesta sexta em Florianópolis
    Cerca de 500 pessoas participaram do ato nesta sexta em Florianópolis - Foto: Coren-SC/Divulgação/CSC

    Profissionais dos diferentes ramos da enfermagem organizaram uma passeata de protesto nesta sexta-feira (9/9) em Florianópolis contra a suspensão do piso salarial da categoria.

    Enfermeiras, técnicos de enfermagem e auxiliares reuniram-se às 12h30 no trapiche da Av. Beira-mar Norte para uma assembleia – incluindo o Coren e outras entidades–, em que os principais pontos foram o posicionamento pela derrubada da decisão do Supremo Tribunal Federal e contra as demissões na área por causa do novo piso. Depois o grupo percorreu ruas do Centro da capital para dar visibilidade e protestar pela aplicação do piso salarial. O ato terminou por volta de 14h30, no Largo da Alfândega.

    Manifestações com o mesmo propósito ocorreram em diversas cidades brasileiras também nessa sexta. Em Florianópolis foram 500 de pessoas participantes do ato pela valorização da Enfermagem, de forma pacífica e recebendo apoio de pessoas que passavam de carro ou a pé.

    Profissionais de enfermagem protestam contra suspensão do piso salarial
    Profissionais de enfermagem protestam contra suspensão do piso salarial nacional – Foto: Coren-SC/Divulgação/CSC

    O embate do piso salarial

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    No último domingo (4/9) o ministro do STF Luís Roberto Barroso emitiu medida cautelar suspendendo o piso salarial nacional da enfermagem e deu prazo de 60 dias para entes públicos e privados da área da saúde esclarecerem o impacto financeiro. O ponto central é a fonte de recursos para bancar o aumento.

    A ação para barrar o aumento de salário de profissionais da enfermagem foi protocolada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde) e corroborada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). Ambas as entidades, que representam segmentos privado e público, comemoraram a decisão do ministro.

    Nesta quinta-feira (8), Barroso afirmou que a instituição de um piso salarial para a categoria é justa e que está empenhado em viabilizá-la, mas, para que o piso possa ser concretizado, o ministro considera ser necessário construir uma fonte de custeio. “Quero deixar claro que o nosso esforço é de viabilizar o piso, e não barrá-lo”, declarou o juiz.

    Barroso disse que já conversou sobre o tema com os presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, além da deputada Carmen Zanotto, relatora da matéria, e com o senador Fabiano Contarato, principais articuladores da pauta no Congresso. “Apresentamos todas essas razões para tentar construir um arco que permita a viabilização do pagamento desse fundo”, disse. Segundo ele, as decisões são políticas e estão na pauta do Congresso Nacional, como o reajuste da tabela do SUS, a desoneração de folha e o abatimento de dívida.

    Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br

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