Ato da campanha à presidência do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Florianópolis neste domingo (18/9) reuniu milhares de pessoas no Centro, na Praça dos três poderes. Segundo estimativa da organização havia 20 mil pessoas.
Marcado para às 11h, o discurso de Lula só começou por volta de 12h30 e durou certa de uma hora, no qual o petista seguiu a linha de diversas declarações que tem feito para criticar o governo Bolsonaro. Afirmou ue nos últimos anos os aspectos de educação, saúde, ambiente e alimentação foram piorados, entre outros apontamentos negativos sobre a gestão de seu opositor.
Sobre Santa Catarina especificamente, Lula afirmou que não houve obras do governo federal nos últimos anos, como prometido. Alguns aspectos sobre a região foram distorcidos pelo ex-presidente. Ao exaltar a beleza natural de Florianópolis, afirmou que a cidade não tem saneamento básico, o que é falso. A capital tem cerca de 70% de coleta e tratamento de esgoto. Lula também afirmou que o número de pessoas que passam fome em Santa Catarina é de 500 mil, o que é exagerado. Dados do último relatório do Vigisan apontam que a quantidade de gente passando fome no estado é de 338 mil.
“֞Lógico que o discurso [sobre fome] não vale para todo mundo, mas tem 33 milhões passando fome. Não pode ter gente comendo resto. As pessoas que têm fome estão com vergonha. As pessoas têm vergonha de dizer que são pobres. Não é bonito ser pobre. (…) A gente quer ter coisas. Está na bíblia, ninguém pode passar fome. É o mais elementar”֞.
Promessas
Lula falou que na campanha eu o levou à presidência em 2003 não fez muitas promessas. “Quando eu ganhei em 2003 procurei fazer uma promessa simples porque eu tinha medo de não conseguir fazer. Não há nada pior de prometer e não conseguir fazer. Temos uma possibilidade de negociar extraordinária. Se cada mulher e homem tiver comendo três vezes ao dia eu já dei minha missão como cumprida”, declarou.
Porém reforçou algumas promessas gerais que tem feito, como investir mais em educação e criar unidades técnicas federais e universidades. Uma promessa concreta que fez foi recriar os ministérios da Pesca e da Cultura, deixando os status atuais de secretarias de governo, o incluindo a instalação de comitês de cultura em cada capital – “não podemos só mostrar só o que acontece no eixo rio-São Paulo”, falou sobre a produção cultural no Brasil. A primeira medida que promete tomar, caso eleito, é revogar os decretos de sigilo de 100 anos da atual adminstração federal.
O ato teve a presença de principais figuras do partido, como o candidato a governador, Décio Lima, com sua vice-candidata, Bia Vargas, o candidato ao senador pela coligação Dário Berger (PSB), vaiado em alguns momentos pelos petistas, além da ex-presidente Dilma Rousseff e do senador Randolfe Rodrigues (Rede), da esposa de Lula, Janja, e de Manuella Dávila.
A coletiva de imprensa prometida pela assessoria do candidato não ocorreu.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br