A Zona Azul de São José está em vias de ser ampliada nos bairros Kobrasol e Campinas. A empresa que administra e fatura com o sistema, a Gerestar, previa iniciar nova operação na segunda-feira (3/10), porém não deverá acontecer nessa data.
A prefeitura de São José notificou nesta sexta (30) a empresa da Zona Azul, desautorizando o início da cobrança em nova área na segunda porque a Secretaria de Trânsito não aprovou a sinalização vertical, que deve fazer parte do sistema. Com isso está suspensa a ampliação a partir de segunda. Não há data prevista para a cobrança.
Após a suspensão durante a pandemia, o estacionamento rotativo pago nas ruas centrais de São José voltou a funcionar em março desse ano, após disputa judicial. Conforme a licitação, vencida pela Gerestar, ainda há mais bairros previstos para a implantação do sistema, como Centro Histórico, Forquilhinha e ao redor do centro dos Correios, no Floresta.
Críticas
O sistema de zona azul de São José, porém, tem sido alvo de muitas críticas, tanto de moradores, quanto de quem trabalha em Campinas ou Kobrasol. Um dos pontos é a dificuldade em se achar os fiscais e realizar a compra de crédito. Outra é a falta de tolerância muitas vezes.
O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de São José (Sintram) também emitiu comunicado afirmando que é inviável para profissionais de ensino terem que sair durante o expediente pra trocar o carro de lugar, já que o sistema só permite que um veículo fi que parado em uma vaga no máximo por 2h. “Após este período, o veículo deve ser transferido para outra vaga. É inviável aos profissionais da rede municipal de São José esta constante troca de vagas numa jornada de 6 ou 8 horas diárias de trabalho”, afirmou o sindicato em nota publicada na quarta-feira (28).
Moradores de prédios que não têm estacionamentos próprios também reclamam de ter que gastar agora para parar o carro, já que algumas das novas ruas onde pode ser ampliada a zona azul são predominantemente residenciais.
Em nota, o poder municipal ressalta que busca amenizar o impacto para os motoristas: “a Prefeitura de São José está estudando formas de melhorar o sistema, dentro das normativas legais e das prerrogativas contratuais, que estão vigentes desde o ano de 2019, quando o contrato foi assinado e a concessão se iniciou”.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br