A Polícia Civil deflagrou uma operação nesta quinta-feira (8/12), denominada Primeiro Round, para investigar o crime de concussão (popularmente propina) na Prefeitura de Florianópolis. Três pessoas foram presas.
Segundo o delegado Rodrigo Dantas, da Deic, o inquérito busca provas de suposto esquema de exigência de propina de agentes do município para que obras fossem embargadas ou não e se seriam destinadas à demolição. Esse é o teor de uma denúncia feita à PC que motivou a operação. Segundo relatado, em caso de não pagamento dos valores irregularmente cobrados, as construções poderiam ser demolidas.
São cumpridos mandados de busca e apreensão de documentos para investigar a atuação de oito pessoas: dois funcionários da prefeitura e seis agentes do ramo imobiliário.
Nos últimos anos a prefeitura endureceu a fiscalização contra o uso irregular do solo e as obras feitas em desacordo com a legislação municipal. Com isso foram demolidas dezenas de construções.
A operação é coordenada pela Deic. Há 10 dias a Polícia Civil fez a segunda fase da Operação Mecanismo Verde, que também investiga a liberação de alvarás de obras em Florianópolis mediante pagamentos fraudulentos.
Até às 8h, documentos e dinheiro em espécie foram apreendidos e três pessoas foram presas em flagrante pelos crimes de furto de energia e porte ilegal de arma de fogo.
A Prefeitura de Florianópolis emitiu nota sobre o caso, afirmando que apoia todas as operações contra ilegalidades na administração. “O município trabalha em conjunto com Ministério Público, Polícia Militar e Polícia Civil nas ações de demolições e vai buscar mais informações junto aos responsáveis pela operação para tomar as medidas necessárias em relação aos servidores envolvidos”.