Tratamento de esgoto em condomínios no Campeche é ineficiente, diz prefeitura

Baixa eficiência das ETE particulares significa esgoto no ambiente

83% de condomínios fiscalizados no Novo Campeche estão com estação de tratamento de esgoto ineficiente
83% de condomínios fiscalizados no Novo Campeche estão com estação de tratamento de esgoto ineficiente - Foto: PMF/Divulgação/CSC

A fiscalização da Prefeitura de Florianópolis sobre estações de tratamento de esgoto dentro de condomínios no sudeste da ilha avalia que há diversos sistemas funcionando de forma incorreta.

Resultado divulgado nesta segunda-feira (27) pelo município aponta que dos 18 condomínios analisados na região do Novo Campeche, 15 operam em parâmetros fora da legislação.

Na prática é avaliado se as estações próprias despejam água de volta ao ambiente dentro dos parâmetros do Conama, porém há casos que a ETE particular funciona com apenas 12% de eficiência, o que em tese é quase um esgoto bruto sendo despejado na rede pluvial.

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A fiscalização realizada por técnicos do programa Pacto pelo Saneamento aguarda mais 10 resultados. Segundo a prefeitura, todos os condomínios irregulares – a maioria de alto padrão – vão receber autos de infração e prazo para regularização, ou serão interditados.

Ainda conforme a prefeitura, a fiscalização nos condomínios dessa região de Florianópolis avançar para o Rio Tavares nas próximas semanas. O foco é verificar ligações irregulares de esgoto, a eficiência de Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) individuais, especialmente de residências multifamiliares e comerciais, verificando se a eficiência do tratamento de esgoto atende às legislações vigentes.

Sul da ilha não tem tratamento

A região sul da ilha não tem tratamento público de esgoto. Os efluentes domésticos são destinados para fossas sépticas, sumidouros e estações de tratamento próprias em condomínios. Há também os casos de crime ambiental, com o esgoto jogado in natura em córregos e rede pluvial.

Até hoje não se determinou como será a estação de tratamento de esgoto para atender a região. Anteriormente se projetava um emissário submarino para devolver a água tratada no fundo do mar. Porém, com o tratamento terciário, a construção da tubulação, de alto custo, pode não ser necessária.

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