Com 7.609.601 moradores, 21,8% a mais que a população recenseada em 2010, Santa Catarina é o segundo estado que mais cresceu no país nos últimos 12 anos conforme o Censo Demográfico 2022. A população representa 3,75% das 203 milhões de pessoas recenseadas no Brasil e passa a ser a 10ª do país, ultrapassando o estado do Maranhão.
Com 1,36 milhão de pessoas a mais, o estado teve o segundo maior crescimento absoluto, atrás apenas de São Paulo que teve um acréscimo de 3,2 milhões. Em termos percentuais, o crescimento de SC foi 3,3 vezes maior que o índice de crescimento nacional de 6,5%, e ficou atrás apenas de Roraima, que subiu 41,3%. A taxa de crescimento geométrico anual catarinense foi de 1,66%, ante os 0,52% da taxa nacional, também atrás apenas de Roraima, que cresceu 2,92% ao ano.

Destaques nacionais, Palhoça e Itajaí sobem posições no ranking estadual

Dos municípios catarinenses com mais de 100 mil habitantes, cinco ocuparam posições de destaque nacional. Com um crescimento de 85,3 mil habitantes e 62,1% frente a 2010, Palhoça aparece nos dois rankings dos 20 maiores crescimentos do Brasil, 8º em percentual e 18º em números absolutos.

Florianópolis é o 7º município que mais cresceu no país em números absolutos, com 115,9 mil pessoas a mais, e Joinville o 13º, com 101 mil a mais. No ranking dos maiores crescimentos em percentual no país, Camboriú ficou em 7º, com uma população 65,3% maior que a de 2010; Itajaí em 14º, com 44% a mais, e Chapecó em 19º, crescendo 38,8% em relação ao último Censo.

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Já no ranking dos dez maiores municípios catarinenses, Itajaí subiu da 7ª para a 5ª posição, passando Chapecó e Criciúma, e Palhoça foi da 10ª para 7ª, também passando Criciúma, além de Jaraguá do Sul e Lages. De todos os municípios catarinenses, os que mais cresceram foram Itapoá e Barra Velha que ultrapassaram o dobro de suas populações, com 108,3% e 102,7% respectivamente.

Confira a lista dos 10 municípios mais populosos de SC
  1. Joinville – 616.323 habitantes
  2. Florianópolis – 537.213 habitantes
  3. Blumenau – 361.261 habitantes
  4. São José – 270.295 habitantes
  5. Itajaí – 264.054 habitantes
  6. Chapecó – 254.781 habitantes
  7. Palhoça – 222.598 habitantes
  8. Criciúma – 214.493 habitantes
  9. Jaraguá do Sul – 182.660 habitantes
  10. Lages – 164.981 habitantes

Joinville se mantém como a cidade mais populosa de Santa Catarina, seguida por Florianópolis e Blumenau.

O Censo 2022 incluiu pela primeira vez os municípios de Balneário Rincão e Pescaria Brava, os dois mais novos municípios do Brasil, emancipados de Içara e Laguna, respectivamente, no sul do estado, totalizando os 295 municípios catarinenses. Desses, 162 contabilizaram menos de 10 mil habitantes, onde reside 10% da população estadual, 759 mil pessoas. Por outro lado, 50,4% da população (3,8 milhões pessoas), reside nos 17 municípios catarinenses com mais de 80 mil habitantes, evidenciando a concentração da população nos municípios maiores.

Todas as mesorregiões do estado apresentaram crescimento. Do maior para o menor, estão: Grande Florianópolis (33,5%), Vale do Itajaí (30,9%), Norte catarinense (19,2%), Sul Catarinense (16,8%), Oeste (13,1%) e região Serrana (4%). Dos 295 municípios catarinenses, 71 (24%) tiveram queda de população.

Com o acréscimo da população, a densidade demográfica catarinense de 79,5 habitantes por quilômetro quadrado cresceu 21,7% em relação aos 65,3 hab/km2 de 2010, e ficou 3,3 vezes maior que a densidade nacional, de 23,8 hab/km2. As maiores densidades estão em Balneário Camboriú, que apresenta 3 mil hab/km2, seguido por São José com 1,8 mil hab/km2 e Itapema, 1,3 mil hab/km2. As menores densidades são de Capão Alto, com 1,9 hab/km2; Painel, com 3 hab/km2 e Bom Jardim da Serra com 4,3 hab/km2.

Mesmo com 1 milhão de domicílios a mais, média de moradores cai de 3,1 para 2,7

Os recenseadores visitaram 3,47 milhões de domicílios catarinenses, um crescimento de 43% comparado aos 2,43 milhões de recenseados em 2010. Com 114,3% de domicílios a mais que em 2010, Passo de Torres, no sul do estado, foi destaque nacional como 15º município que mais cresceu em percentual de domicílios do país, de 4,5 mil para 9,7 mil.
Do total de domicílios catarinenses recenseados, havia 1.315 domicílios improvisados, como são classificadas as unidades não-residenciais (lojas, fábricas) ou com dependências não destinadas à moradia, que na data de referência estavam ocupadas por um morador, como prédios em construção, tendas, barracas, etc. O estado possui o menor percentual deste índice do país (0,03% de seus domicílios), número que representa 2% dos 66 mil domicílios improvisados recenseados no Brasil.

Já do total de domicílios permanentes, 2,8 milhões estavam ocupados, com pessoas residentes, e 663 mil não ocupados. O crescimento de domicílios permanentes ocupados foi de 40,8%, e o de não ocupados, de 55%. Nacionalmente, os ocupados aumentaram 26% e os não ocupados, 80%.

A média de moradores por domicílio catarinense caiu de 3,1 para 2,7, próximo ao índice nacional que caiu de 3,3 para 2,8.

Estado apresenta maior percentual de domicílios de uso ocasional do país

Santa Catarina possui o maior percentual de domicílios de uso ocasional do Brasil, concentrados especialmente na faixa litorânea, que contempla aqueles de veraneio. O índice catarinense foi de 10,3%, ante a média nacional de 7,4%. Em termos absolutos, o estado apresenta o 5º maior número, com 358,6 mil desses domicílios, atrás de São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Dos 20 municípios com maior crescimento de domicílios de uso ocasional do país comparado com 2010, 11 estão na região Sul e três deles são catarinenses: Jaguaruna possui o 5º maior percentual, com 63,7% de seus domicílios como uso ocasional; Balneário Rincão aparece na 12ª posição, com 58,8%, e Balneário Arroio do Silva em 17º, com 55,8%. Já em termos de Concentrações Urbanas, agrupamentos de municípios com mais de 100 mil habitantes, os maiores percentuais são os de Itajaí/Balneário Camboriú, com 17,6%; Tubarão/Laguna, com 11,7% e Florianópolis com 10,8%.

Por outro lado, o estado apresenta também o menor percentual de domicílios vagos do país, 8,8% dos domicílios particulares permanentes. Em relação a 2010, o número de domicílios vagos cresceu 53%. No Brasil, o percentual de domicílios vagos foi de 12,6%, com um acréscimo de 87% em relação ao último Censo.

Brasil: 203 milhões

Em 1º de agosto de 2022, quando foi iniciado o levantamento, o Brasil tinha 203.062.512 habitantes. Desde 2010, quando foi realizado o Censo Demográfico anterior, a população do país cresceu 6,5%, ou 12.306.713 pessoas a mais.

Catorze estados e o Distrito Federal registraram taxas de crescimento anual acima da média nacional (0,52%) em 2022. Além de Roraima (2,92%), que passou de uma população de 450.479, em 2010, para 636.303 em 2022, destacaram-se no crescimento populacional anual médio: Santa Catarina (1,66%), Mato Grosso (1,57%), Goiás (1,35%), Amazonas (1,03%) e Acre (1,03%).

O Sudeste continua sendo a região mais populosa do país, atingindo, em 2022, 84,8 milhões de habitantes. Esse contingente representa 41,8% da população brasileira. Já no Nordeste, vivem 54,6 milhões de pessoas, 26,9% dos habitantes do país. O Norte é a segunda região menos populosa, com 17,3 milhões de habitantes, representando 8,5% dos residentes do país. O Centro-Oeste tem 16,3 milhões de habitantes e o Sul, que concentra 14,7% dos habitantes do país, ou cerca de 29,8 milhões.

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