O prefeito de São José, Orvino Coelho de Ávila, fez novas cobranças à Casan em relação as obras da ETE (Estação de Tratamento de Efluentes) de Potecas, que pode não ser concluída em 2024, como determinado pela justiça estadual, por falta de recursos. “Nossa população não aguenta mais o descaso que a Casan tem com São José, além da dívida histórica com a cidade. Vamos cobrar que a empresa cumpra com o combinado”.
Em reunião nesta terça-feira com a prefeitura, o novo presidente da Casan, Edson Moritz, confirmou que faltam recursos para concluir a ETE de Potecas. “Preciso revelar para vocês que a condição financeira da Casan não é das melhores. Assumimos a gestão e vimos que temos muitos desafios pela frente. A realidade é que uma série de solicitações foram feitas e a maioria não foi cumprida e hoje não temos recursos para continuar”. A ordem de investimento necessária no novo equipamento sanitário é de R$ 250 milhões.
Edson informou que nesta sexta-feira (1º) estará reunido com o governador, Jorginho Mello, para encaminhar as demandas e mostrar a realidade das obras nos municípios de São José, Chapecó e Criciúma.
“Já marcamos uma nova reunião para dia 14 de setembro, depois que as nossas reivindicações forem encaminhadas novamente ao governador. Esperamos poder assinar os convênios e os contratos para que as coisas melhorem. Mas se tiver que tomar uma posição extrema, eu já disse ao presidente da Casan, reitero e reafirmo que vou tomar”, afirmou o prefeito.
Em julho 2022, o prefeito já tinha avaliado romper o contrato com a Casan. Nessa terça-feira Orvino também cobrou melhorias no abastecimento de água em locais ponta de rede, bairros mais afastados, onde costuma faltar.
Secretaria de Infraestrutura cobra recursos
Na reunião com os diretores da Casan, o secretário de Infraestrutura de São José, Nardi Arruda, também cobrou compromissos da estatal que não estão sendo cumpridos. “Estamos solicitando que todos os veículos da Casan, que fazem manutenção em São José, sejam rastreados e que o link seja fornecido para atrelarmos ao nosso sistema Infraestrutura Conectada”.
Ele destacou ainda que 42% dos buracos em São José foram provocados por obras da Casan. E os recursos repassados são insuficientes para reparar os danos. “Estamos solicitando que esse valor seja ampliado para no mínimo o dobro do recebido atualmente”.