Segundo auditores agropecuários, uma área de 3 hectares em São José, às margens da BR-101, que pertence à Superintendência do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), seria cedida para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
A decisão não agradou aos funcionários federais lotados no órgão em São José. Segundo eles, o terreno, no bairro Praia Comprida, está dentro de uma área de preservação ambiental e é um local também utilizado para fins de pesquisa da comunidade acadêmica.
Conforme Pedro Ferrari, presidente subseção da OAB em São José, a “doação” não existe e já foi descartada. Ele explica que na realidade a entidade buscava um local cedido de forma não onerosa (sem pagamento de aluguel) para instalar projetos comunitários, visando principalmente áreas carentes, e que no início desse ano houve uma primeira indicação da superintendência de que o local poderia ser usado. “No primeiro diálogo com superintendente à época do Mapa falou que não tinha problema em emprestar. Mas como funcionários não querem ceder, não iremos continuar com o pedido”, afirmou Ferrari.
Ainda conforme o presidente, a intenção continua por um local para instalar atividades sociais ao livre, uma vez que a sede no bairro Roçado não tem espaço. “Se tiver entidade com possibilidade em ceder espaço para essas atividades, temos interesse. Não estamos mais fazendo visitas por enquanto. O Mapa era o único que tinha manifestado interesse, mas a área é do órgão não podemos usá-la”, explicou em entrevista.
Conforme dados disponibilizados pelos funcionários do Mapa, o terreno entre as ruas Joaquim Vaz, João Grumiche e a marginal norte da BR-101 tem mais de 5 hectares, com grande área verde e nascentes de água.
A superintendência do Mapa não retornou solicitação de esclarecimentos.
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