Duas operações da Polícia Civil nesta sexta-feira (17/11) envolvendo assassinatos na Grande Florianópolis resultaram em quatro pessoas presas – ao menos três delas de indivíduos diretamente responsáveis pelos crimes. O caso geral é a morte de Bruno Alves de Lima e as execuções cometidas por seu irmão em vingança pelo assassinato.
O homem de 37 anos apontado pela Polícia Civil como autor de duplo homicídio em Florianópolis foi preso em Imbituba. Em 23 de outubro, o criminoso entrou na Servidão João Gonçalves, na comunidade conhecida como Panaía, bairro Carianos, Sul da ilha, invadiu uma casa e matou a tiros duas pessoas (um homem de 31 e uma mulher de 22 anos), por volta de 20h. Na fuga, disparou contra uma terceira pessoa na rua, um homem de 33 anos, que sobreviveu.
As execuções foram apontadas na época pela Polícia Militar e pela Delegacia de Homicídios da Capital como um ato de vingança do irmão pela morte de Bruno Alves de Lima, que estava desaparecido e, no dia seguinte aos assassinatos em Florianópolis, seu corpo foi encontrado no Rio Imaruí, em trecho de Palhoça.
De acordo com o Departamento de Investigação Criminal (DIC) da capital, o irmão de Bruno fugiu para o sul do estado e lá tentou se esconder desde as execuções. Ele já era envolvido com a criminalidade (passagens policiais por furto, ameaça, porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas), mas até então não tinha registro de homicídio.
Operação investiga morte de Bruno
Também nesta sexta-feira (17), em outra frente de investigação, a Polícia Civil deflagrou a Operação “Descarrilar”, para elucidar a morte de Bruno.
Contando com a colaboração de diversos setores da PC e da PM, três pessoas foram presas (duas por mandado e uma por flagrante de tráfico) e cumpridos sete mandados de busca e apreensão de celulares, três veículos e R$ 15 mil reais.
A morte de Bruno ocorreu após ele desaparecer na madrugada de 15 de outubro. Ele foi visto saindo de uma boate no bairro Estreito, em Florianópolis, supostamente com um amigo. Seu veículo foi encontrado incendiado cerca de 24h em Palhoça, no dia 16 de outubro. O corpo, porém, só apareceu uma semana depois, no rio.
A investigação, a cargo da DIC de Palhoça, ainda está em curso.