Empreendimento denominado Farol Wind Power, da empresa Bravo Vento, utilizará 380 aerogeradores V236 de 15 MW, resultando em um parque eólico com potência total de 5,7 GW.
Este é um dos 96 projetos de complexos eólicos offshore apresentados até o momento ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), aguardando a sanção de um Projeto de Lei (PL) pelo Congresso Nacional.
Segundo o Instituto, analistas participam regularmente de workshops e eventos relacionados ao tema, a fim de compreender os impactos desses parques eólicos, principalmente na fauna e nas comunidades costeiras.
Em Santa Catarina, o parque deverá ser instalado no Sul do Estado, entre Laguna e Balneário Rincão, ocupando uma área retangular de aproximadamente 3 mil km². Três grandes cabos de transmissão serão concentrados próximo a Jaguaruna, para abastecer Criciúma e região. É o terceiro maior parque eólico offshore planejado para o Brasil, atrás apenas dos empreendimentos Ventos do Sul (RS) e Alpha (CE), com 6,5 e 6 GW respectivamente.
As 96 fazendas eólicas instaladas no mar em todo o país devem significar 234 GW de potência instalada, se aprovadas, mudando significativamente a matriz energética nacional.
Uma usina eólica offshore (movida pela força do vento em alto-mar) é uma fonte de energia limpa que utiliza recursos energéticos renováveis e não polui a atmosfera durante sua operação, pois não emite gases de efeito estufa.
Apesar de oferecer esses benefícios, é essencial mitigar os impactos socioambientais, como aqueles relacionados à vida marinha, à pesca artesanal e à navegação.
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PL é alvo de críticas
Em 29 de novembro de 2023, a Câmara dos Deputados aprovou por expressiva maioria a redação final do Projeto de Lei n° 11.247/2018 (PL n° 11.247/2018), que foi encaminhado ao Senado Federal em 7 de dezembro de 2023. O principal propósito do PL é estabelecer um quadro regulatório para a produção de energia a partir de fontes renováveis em alto mar, especialmente a energia eólica offshore, visando ampliar a exploração dessas fontes na matriz energética brasileira. Além de abordar questões relacionadas ao potencial energético offshore, o PL também tem “jabutis” – trechos problemáticos que não são relacionados ao objeto principal – tratando de de temas diversos no setor de energia, como subsídios a fontes poluentes, como gás natural e térmicas a carvão. Esse ponto faz o PL ser alvo de diversas críticas de setores pró-ambiente e renováveis.