Mercado em alta, arbitragem em crise e polêmicas nas torcidas marcam o futebol brasileiro

O Avaí soma 46 pontos, ocupando a 11ª colocação. Foto: Fabiano Rateke/Avaí F.C./Divulgação
Muda Demais

A vitória do Avaí sobre o Vila Nova aliviou a sensação de um possível rebaixamento à Série C. Mas, apesar disso, os torcedores ainda não estão satisfeitos. Em três anos de gestão, a diretoria atual não tem agradado pela falta de continuidade no trabalho para levar o clube à elite. Nesse período, passaram pela Ressacada oito treinadores e quatro diretores de futebol. O time muda demais e, com isso, perde o foco em uma classificação que não era tão difícil.

Valor de Mercado

Desde 1956, a Bola de Ouro é um cobiçado prêmio que elege o melhor jogador da temporada, organizado pela revista France Football. Pelo que demonstrou em campo na temporada 2023/2024, o volante espanhol Rodri, do Manchester, foi o ganhador. Já o brasileiro Vinicius Junior, embora bem cotado, não levou desta vez, segundo a imprensa brasileira. Porém, Vinicius não parece preocupado, pois seu valor de mercado continua a crescer. Entre salário e publicidade, ele já arrecadou US$ 55 milhões, ou cerca de R$ 314 milhões na cotação atual.

Geladeira da CBF

De uns tempos para cá, o futebol brasileiro parece respirar por aparelhos. São décadas de amadorismo e desorganização nas federações e até na própria CBF. Não é apenas a desqualificação técnica dos jogadores; nossa arbitragem também tem contribuído para isso. Três árbitros foram afastados após erros graves em jogos recentes. Dois deles, os catarinenses Ramon Abatti Abel e Braulio da Silva Machado, irão “refrescar-se” na geladeira da CBF.

Na mira do torcedor
Publicidade

Não convidem para a mesma mesa o diretor de futebol do Avaí, Eduardo Freeland, e os setoristas que acompanham o dia a dia do Leão. O dirigente esportivo, que está na mira do torcedor avaiano, simplesmente não quis falar com a mídia esportiva da capital. Demonstrando falta de humildade, Eduardo evitou dar entrevistas, perdendo uma ótima oportunidade de esclarecer vários pontos negativos que estão afligindo os torcedores, especialmente a marca da gestão da atual diretoria, que não admite os erros até aqui. São três anos sem conquistar um único título, lutando para permanecer na Série B, perdeu uma vaga na Copa do Brasil e enfrentou dificuldades contra times considerados pequenos do futebol catarinense. Sou de uma época em que os clubes tinham ótimos profissionais nesse setor, como Joel Passos, Claudio Wagner, João Carlos Dias, Milioli Neto e o saudoso Sagaz do JEC. Os que estão hoje nos clubes, vindos de fora de SC, falam quando querem e parecem olhar apenas para seus próprios interesses. Haja paciência do torcedor azurra.

Deixando o Figueirense

Não é, nem será novidade quando um bom jogador se destaca em um campeonato brasileiro, como a Série C, virar alvo de outros clubes da Série B e até da elite do futebol nacional. Foi o que aconteceu com o atacante Guilherme Pato, que deixará o Estreito em 2025 para respirar novos ares. É praticamente certo que o bom atacante defenderá a camisa do Mirassol/SP. O alvinegro ainda não se pronunciou sobre as saídas esperadas no Scarpelli, mas o que se vê nas redes sociais é que muitos jogadores devem deixar o clube em silêncio.

Maldita zona

Se existe uma grande torcida que vem sofrendo com a campanha pífia deste ano, é a do Corinthians. A eliminação na Sul-Americana para um Racing que não está entre os melhores times do aguerrido futebol argentino escancarou a realidade de um time comum e distante de ter o status de grande. A derrota do Timão, que chegou a fazer um bom primeiro tempo, passou pelas escolhas do técnico Ramón Díaz nos dois confrontos. O “professor” mexeu mal e fez o time cair de rendimento com suas substituições em ambas as partidas. Assistindo ao Corinthians jogar, impressiona a sequência de decisões equivocadas de quem tem o poder de mudar. E para piorar, o Timão enfrentará o Palmeiras pelo Brasileirão, e qualquer resultado que não seja uma vitória pode colocar o time de volta na maldita zona.

Semifinal da Copa SC

A Copa SC atual é quase um campeonato catarinense reduzido. A única vantagem para os clubes é uma vaga na Copa do Brasil. No primeiro jogo da semifinal, a Chapecoense venceu o Concórdia com três gols de Perotti, enquanto o Marcilio Dias, atual campeão, empatou sem gols com o Hercílio Luz em Itajaí. A decisão sobre os finalistas ocorrerá no próximo sábado (2), em Chapecó e Tubarão.

Camisas dos Clubes

Um assunto polêmico é o uso de camisas de outros clubes em estádios. Por exemplo, em Chapecó, a maioria dos torcedores apoia Internacional ou Grêmio. Já na Grande Florianópolis, além da dupla da capital, há muitos torcedores de clubes do eixo Rio-São Paulo. No entanto, todos têm o direito de ir e vir, podendo vestir a camisa que desejarem.

Bem me quer… mal me quer
  • Para 2025, o JEC já tem um novo treinador. Hemerson Maria, que fez história no clube, retorna para tentar reestruturar o Joinville.
  • Enquanto isso, as derrotas e empates deixam os técnicos Fernando Diniz, do Cruzeiro, e Mano Menezes, do Fluminense, com cargos em risco. O mesmo ocorre com Enderson Moreira, no Avaí, que não tem agradado aos torcedores.
  • A última rodada do Brasileirão exibiu erros da arbitragem e do VAR, lembrando cenas do Titanic afundando, com músicos tocando. “Salvem-se quem puder.”
  • O experiente atacante Walter, aos 35 anos, ainda está na ativa. Em sua apresentação ao novo clube, o Rolim de Moura, da segunda divisão de Rondônia, mostrou que enfrenta dificuldades com a balança.
  • Para a Bola de Ouro, os votos vêm de jornalistas de cem países melhor colocados no ranking da FIFA. Brasileiros premiados foram Ronaldinho Gaúcho (2005), Ronaldo (2002) e Kaká (2007).
Cartão Rosa/Vermelho

Cartão rosa para a San Pablo Barbearia, que iniciará em janeiro de 2025 um curso específico para barbeiros iniciantes. Com profissionais renomados, oferece uma oportunidade para uma carreira de sucesso. Invista no seu futuro e garanta sua vaga pelo (48) 99139-1428.

Cartão vermelho para a violência no futebol fora dos estádios, que mancha o principal esporte brasileiro. No último fim de semana, uma emboscada da torcida do Palmeiras contra torcedores do Cruzeiro, em Mairiporã, SP, deixou um morto e 17 feridos. Esses atos bárbaros precisam ser combatidos com rigor legal. Uma pesquisa recente indica que mais de 50% dos torcedores evitam estádios devido à insegurança nas partidas.

Pensamento do Bambi

Netflix é para os fracos. Nós assistimos à TV Senado, onde há conspirações arquitetadas, intrigas e até corrupção, tudo baseado em fatos reais.

Publicidade