Coberto de razão
Após uma vitória de virada sobre o modesto Coritiba, o torcedor da Chapecoense pode respirar aliviado com a permanência do Verdão do Oeste na Série B do Campeonato Brasileiro. O técnico Gilmar Dal Pozzo, grande mentor dessa conquista, enalteceu o grupo e, na coletiva, disse: “Este ano, salvei dois clubes do rebaixamento. Um foi aqui, no clube do meu coração, e o outro foi o Avaí, pois, quando cheguei lá, eles não haviam feito gols e o Leão saiu da lanterna para a liderança.” Ele está coberto de razão.
Carentes em tudo
Manezinhos e manezinhas que adoram futebol, eu acho espantoso como um jogador pode fazer tanto sucesso a ponto de ser o principal assunto nos programas esportivos por todo o Brasil. Aliás, o que não faltam são programinhas mixurucas. Estou falando de Gabigol, que vai trocar o Flamengo pelo Cruzeiro no ano que vem e tem sido a manchete do momento. Não há outro assunto mais relevante para os “entendidos” do futebol brasileiro. Isso só prova como estamos carentes em tantas coisas.
Jogadores da base
Criciúma, Avaí, Figueirense e Chapecoense podem até ter se recuperado bem nas suas divisões, mas precisam de reforços significativos para a próxima temporada. Especialmente a dupla da capital, que montou elencos sem qualidade técnica e muito menos futebolística. Os dois clubes devem voltar às origens, resgatando os talentos de suas bases, e não apostar em veteranos ou jogadores com renome nacional.
Momento de definir
Uma pergunta que não quer calar: depois do sofrimento vivido pelos times de Florianópolis, quantos jogadores desses grupos devem permanecer para o próximo ano? Serei sincero: acredito que no máximo 30% de cada clube, pois muitos jogadores não mostraram seu valor e os times não conquistaram nada. É hora de os dirigentes aprenderem que errar é humano, mas erraram demais. O momento de definir 2025 é agora.
Galo do Oeste
O Concórdia é o campeão da Copa SC de 2024, ao vencer o Marcílio Dias em casa, garantindo sua vaga na Copa do Brasil do próximo ano. Um detalhe que me chamou a atenção foi o péssimo gramado do Domingos Machado de Lima, que mais parecia um campo de pelada. O Galo do Oeste soube ser humilde, não cantou de galo antes da hora, conviveu com muitas dificuldades financeiras, deu a volta por cima e, agora, de forma inédita, disputará a Copa do Brasil, colocando um bom dinheiro no cofre.
Falta futebol
O empate por 1 a 1 diante do Uruguai, na Arena Fonte Nova, encerrou a temporada da seleção brasileira, que voltará a jogar apenas em março contra a Colômbia e a Argentina. Esse empate sem graça contra o modesto Uruguai é a gota d’água para quem ainda se anima com os jogos da nossa seleção. É um momento triste para quem ama o futebol brasileiro. Esta talvez seja uma das piores seleções dos últimos tempos. Não temos jogadores de respeito. E não adianta colocar a culpa em Dorival Júnior, que comanda uma seleção de jogadores medianos. Falta amor à camisa, falta garra, e, o mais importante, falta futebol. Que dureza.
Bem me quer… mal me quer
- A seleção brasileira mais parece uma Rural tentando subir uma serra com pneus carecas. Patina, patina e não sai do lugar. Ainda bem que Gerson evitou a derrota. Para mim, o futuro desta seleção é incerto.
- Na última terça-feira (19), os “nobres” da corte do Conselho Técnico da nossa federação se reuniram para definir os principais detalhes do Campeonato Catarinense de 2025. Foi aprovado por todos, então, depois não me venham reclamar.
- Márcio Coelho, o Gugu, que já passou por aqui no comando do Figueirense e do Guarani de Palhoça, não é mais o treinador do Marcílio Dias. Depois de onze jogos, a direção do Marinheiro optou por não renovar com o treinador.
- Após manter a Chapecoense na Série B do Campeonato Brasileiro, o bom treinador Gilmar Dal Pozzo merece um pedestal na história do futebol catarinense. Na mesma temporada, o “professor” salvou um Leão e um Índio do Oeste do rebaixamento.
Cartão rosa/vermelho
Cartão rosa para todos os meus bons amigos, que não têm cor e vivem espalhados por todo o Brasil. Eles são de muitas cores e religiões, possuem identidades políticas e têm seus clubes de coração. Alguns são ricos, outros nem tanto. Um bom amigo, para mim, não tem raça nem classe social, seja preto, branco, galego ou moreno. Amigo, para mim, não tem cor de pele.
Cartão vermelho para a quantidade excessiva de feriados no nosso país. A grande maioria dos empresários da nossa região ficou contrariada com o feriado de quarta-feira (20). Eles afirmam que não têm nada contra a consciência e a cultura negra, que são importantes para a construção da nossa identidade. No entanto, é preciso que os “homens” reflitam sobre o impacto que feriados prolongados no meio da semana causam na nossa economia. Assim fica difícil manter uma empresa e gerar empregos. É prejuízo para todos que gostam de trabalhar.