A Polícia Militar Ambiental (PMA) de Santa Catarina recebeu uma nova embarcação para atuar no litoral norte do estado. O barco custou R$ 1,7 milhão. O valor veio de indenizações pagas por empresas e pessoas físicas em acordos firmados com o Ministério Público Federal (MPF).
O modelo é o BM900T. Ele foi projetado para uso militar, ambiental e institucional. A embarcação tem nove metros, transporta até 12 pessoas e alcança mais de 300 milhas náuticas (aproximadamente 555 km) sem precisar reabastecer.
O casco é feito de polietileno de alta densidade (Pead), material reciclável e resistente. Segundo o fabricante, o Pead suporta impactos, corrosão e produtos químicos. Por isso, dura mais e exige menos manutenção.
Além disso, esse tipo de plástico polui menos. A pegada de carbono é 40% menor do que a da fibra de vidro e cinco vezes menor que a do alumínio.
A PMA já utiliza a embarcação em operações no litoral. Ela ajuda no combate à pesca ilegal, na fiscalização de áreas protegidas e na identificação de construções irregulares. Também serve para resgatar e soltar animais presos em redes.
Verba veio de ações do MPF
O MPF conseguiu os recursos por meio de três ações civis públicas. Nos processos, os réus causaram danos ambientais. Para encerrar os casos, o órgão propôs termos de ajustamento de conduta (TACs).
Em um dos casos, o réu aterrava ilegalmente uma área às margens de uma lagoa. Como parte do acordo, ele doou o terreno a uma entidade pública. Nos outros dois, empresas pagaram indenizações por poluir o meio ambiente.