Na tarde desta terça-feira (11/6), os servidores municipais de Florianópolis aprovaram paralisação por tempo indeterminado, a começar nesta quarta-feira. A greve ocorre para forçar uma negociação com a prefeitura em relação a data-base.
Segundo o sindicato da categoria, o Sintrasem, “o governo não tem sequer resposta para reajuste da inflação” após 42 dias de negociação e afirma que o prefeito Gean Loureiro não faz a reposição salarial porque está perto do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O sindicato afirma que nesse ano “gasto com folha está abaixo do limite prudencial da LRF, e as projeções da prefeitura estão no positivo”.
Outro pedido dos servidores é de que haja concursos públicos para entrada de servidores nas áreas de saúde e educação, principalmente, de forma a reduzir a carga de trabalho dos atuais. Segundo o sindicato, a prefeitura confirmou a realização de um concurso, mas não apresentou prazos, datas ou número de vagas.
Em nota, a Prefeitura de Florianópolis se diz surpresa com a deflagração da greve. Segue o comunicado na íntegra:
“A Prefeitura de Florianópolis recebeu com surpresa a notícia de greve dos servidores municipais. Isso porque a administração ainda não finalizou a discussão com a comissão do sindicato sobre o aumento de salários. As conversas vinham acontecendo normalmente sem qualquer indicativo de paralisação. Coincidentemente, o sindicato aprova uma greve dois dias antes da greve nacional contra a reforma da previdência. A Prefeitura está ingressando hoje com ação judicial sobre a ilegalidade da greve para desconto dos grevistas. Mais uma vez o sindicato tenta parar a cidade e misturar pautas nacionais com as municipais”.