Os integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Santa Catarina, com apoio do Instituto Geral de Perícias (IGP) e dos Gaecos do Distrito Federal e Goiás, deflagraram na manhã desta quinta-feira (11/7) a operação “Triângulo das Bebidas”. O objetivo da operação foi desarticular um grupo criminoso que se especializou no comércio de bebidas quentes sem o recolhimento dos tributos estaduais.
Foram cumpridos 11 mandados de prisão e 27 buscas e apreensões em Palhoça, Brasília e em quatro cidades de Goiás. O Gaeco estima que foram sonegados pelo menos R$ 70 milhões de reais, entre impostos, multas e juros.
O grupo de investigação apurou que os envolvidos usaram tinham várias maneiras de não pagar imposto, além de ocultar patrimônio e se esquivar das ações judiciais por meio do uso de empresas de fachada e de administradores “laranjas”. O início da investigação, a cerca de 12 meses, se deu a partir de reiteradas autuações fiscais lavradas pelo Fisco e representadas ao Ministério Público na Comarca da Palhoça.
Segundo o Gaeco, as chamadas “bebidas quentes” têm 25% de imposto estadual e que, sonegando-se esses tributos de ICMS, o grupo criminoso ficava com grande competitividade no mercado, por ter preço final menor até do que dos fabricantes.
O nome da Operação Triângulo das Bebidas foi atribuído em referência à principal forma utilizada pelo grupo para a sonegação fiscal, que era a falsa destinação de notas fiscais para empresas de fachada e dessas para outras empresas, inclusive adquirentes de grande porte em Santa Catarina, aponta o Gaeco.
O Gaeco é uma força-tarefa composta pelo Ministério Público, Polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina.