Após a morte brutal de Josiane Marques por uma linha de pipa cortante na Via Expressa no último dia 20 de julho, muitas campanhas contra o uso do cerol e linha chilena foram divulgadas por instituições ou publicações independentes nas redes sociais. Todas são válidas e têm alguma capacidade em chegar nas pessoas que fazem uso das linhas clandestinas de pipa.
A Prefeitura de Florianópolis resolveu fazer algo mais efetivo — como já fizera em outros anos — e conversar diretamente com os estudantes, principais “usuários” desses tipos de equipamentos para empinar pipa. A ideia é intensificar no início deste segundo semestre escolar uma campanha para combater a pipa com cerol, começando nas escolas João Gonçalves Pinheiro (Rio Tavares), José do Valle Pereira (João Paulo) e no Centro de Educação Continuada (Centro). Por enquanto, as comunidades Chico Mendes e Monte Cristo — áreas onde muitos jovens empinam pipa e locais próximos de onde ocorreu a fatalidade com Josiane — não estão contempladas. Há apenas uma escola municipal na região. Após a tragédia, outros casos de linhas com cerol foram registrados na mesma área.
Entretanto, a prefeitura diz que o secretário de Educação da Capital, Maurício Fernandes Pereira, estará orientando as 114 unidades de ensino municipal para que abordem a questão com os 30 mil estudantes da rede, de forma mais enfática. “O assunto é sério. E assim deve ser tratado. Temos que envolver toda a comunidade escolar para que não percamos mais vidas”, disse.
Cabe lembrar que também há escolas estaduais nesses bairros.