A um ano das olimpíadas, Pedro Barros quer o skate com mais estrutura no Brasil

    Dois florianopolitanos poderão representar o skate do Brasil em Tóquio no ano que vem

    pedro barros skate olimpiadas toquio 2020
    O manezinho Pedro Barros encara torneio em Marseille, na França - Foto: Teddy Morellec/Red Bull Content Pool/Divulgação

    Estreante nos Jogos Olímpicos, o skate já chega como uma das esperanças de medalha ao Brasil. Mas os resultados expressivos de nomes como a paulista Letícia Bufoni e os florianopolitanos Yndiara Asp e Pedro Barros em competições mundo afora não fazem com que a medalha de ouro seja o único foco dos participantes. A exato um ano da abertura do evento em Tóquio, os skatistas querem mesmo é levar a bandeira da cultura do skate para quebrar paradigmas e elevar o patamar da prancha sobre rodinhas pelos continentes.

    “O que eu espero é que essa plataforma possa dar uma visibilidade muito maior para o skate entre a grande massa. Hoje, o skate já é o segundo esporte mais praticado no Brasil, mas seguimos com uma estrutura muito precária. Temos poucas pistas, pouco suporte ao skatista e preconceito entre as pessoas que não conhecem ou sabem o que é o skate! Então, o que realmente espero é uma evolução nesse aspecto”, afirma Pedro Barros.

    Vencedor nos últimos dois anos do Prêmio Brasil Olímpico no skate, o catarinense coleciona diversos títulos mundiais e é a grande esperança do País para subir ao local mais alto do pódio na modalidade street. Mesmo com esse peso e os resultados importantes, seu foco está em disseminar os pilares da cultura do esporte.

    Publicidade

    “Eu acredito que essa é mais uma competição. A medalha é algo que iria demonstrar quem levou a melhor naquele dia, mas acho que o mais importante, ao longo desse período olímpico, é a caminhada toda, a imagem que será passada para milhões de pessoas que ainda não conhecem o skate. Para mim, é muito maior que só um esporte. É muito maior do que uma competição possa definir”, analisa, antes de acrescentar.

    “Acredito que se levantarmos a bandeira do skate, da forma que deva ser levantada, respeitando e valorizando a arquitetura verdadeira desse estilo de vida, que hoje é visto também como esporte, com mensagens positivas e passando nossos valores, como união, respeito, amor e perseverança, nós temos muito a somar ao esporte. E, quando somarmos, isso voltará de alguma forma”, completa.

    De acordo com os critérios olímpicos, o Brasil poderá ter até 12 skatistas representando o País em Tóquio, divididos nas categorias street (feminino e masculino) e park (feminino e masculino), sendo três o limite de participantes do mesmo sexo dentro de uma modalidade. Já a definição dos nomes dependerá dos resultados obtidos ao longo da janela classificatória.

    Publicidade
    COMPARTILHAR